Alfred Kinsey foi um cientista, mais especificamente um biólogo, norte americano, que no fim da década de 40/início da década de 50, publicou um dos primeiros estudos científicos sobre a sexualidade humana, pretendendo ser livre de preconceitos e cientificamente válido, ou seja, com base em muita estatística.
Se hoje, falar de sexo nos Estados Unidos ainda é complicado, por causa dos puritanos, imagine na década de 50. Bem, Kinsey teve a coragem. Munido de sua convicção na ciência, se propôs a estudar o amplo aspecto das práticas sexuais humanas.
E a vida deste precursor é o tema do filme Kinsey - Vamos falar de sexo, dirigido por Bill Condon (!!) em 2004. (Tudo a ver o nome do diretor, hein? n_n)
Eu já havia lido sobre o Kinsey na Superinteressante (reportagem no link), na época do lançamento do filme nos cinemas, e mais recentemente no A Vida Secreta, mas ainda não tinha visto o filme.
Até ontem (ou melhor, hoje) de madrugada, na Globo. Eram umas três da manhã e eu já estava me preparando pra ir dormir, quando resolvo dar uma última olhada no que estava passando na rede Globo. E eis que vejo os créditos iniciais do filme (que me fez esperar um pouco mais, afinal, Liam Neeson geralmente vale a pena), e logo depois, o título: Kinsey.
Fiquei acordado até umas cinco da manhã, mas valeu totalmente a pena. O filme é muito bom, mas quem espera algo mais picante, vai se decepcionar: as cenas de sexo são frias como um estudo científico deve ser. =)
Pois afinal, Kinsey antes de ser sobre sexo, é sobre ciência. Não aquela ciência chata, mas aquelas aulas legais que te mostram o que você é, como você é, enfim, uma ciência do sexo e da sexualidade humana. Não a toa, Kinsey é um dos pais da sexologia.
(Kinsey na capa da revista Time)
Vale a pena ver o filme, que tem um ótimo roteiro. A B., no post do A Vida Secreta já reproduz um trecho do filme, mas eu vou colocar aqui outras citações/trechos:
Do trailer:
Amor é a resposta, não é? Mas, sexo levanta várias perguntas interessantes...
Dando aula:
Kinsey: Quem pode me dizer qual parte do corpo humano pode aumentar cem vezes de tamanho. Você, senhorita?
Senhorita: [com cara de indignada] Estou certa que eu não sei. E você não tem direito de me fazer tal pergunta numa classe mista.
Kinsey: Eu me referia a pupila do seu olho, mocinha. E acho que tenho que lhe informar que você vai ficar muito desapontada.
E a minha preferida, numa das cenas finais do filme, mostrando o final de uma entrevista simulada, com o próprio Kinsey:
Clyde: Só... mais uma pergunta. Você me contou toda sua história, infância, família, carreira e todas as pessoas com quem teve sexo. Mas não mencionou o amor nenhuma vez.
Kinsey: Porque é impossível medir o amor. E você sabe que sem medidas, não existe ciência. Mas andei pensando muito no problema ultimamente.
Clyde: Problema?
Kinsey: Quando o assunto é amor, estamos todos no escuro.
Você está no escuro também? ;)
Trailer:
3 comentários:
Uia, Andarilho! Ótima indicação! Amei o trailer!!! Vou anotar essa. ;-)
Gostei do trailler, gostei da história do filme, quiçá... seja o próximo que eu baixe!
;)
Vale a pena. =)
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