Feriado do dia do trabalhador, o que melhor do que ir ao cinema ver um filme? E a grande estréia dessa semana foi o filme do carcaju mais foda de todos os tempos: X-Men - Origens: Wolverine (ou no original, X-Men Origins: Wolverine).
Pra quem não sabe, carcaju é o animal que inspira o nome do personagem. Pois é, o cool Wolverine em português seria Carcaju. Ainda bem que não traduziram (como faziam antigamente, Peter Parker, o Homem-Aranha, já foi Pedro Prado).
(Oi, eu sou o carcaju. Mas pode me chamar de wolverine, que soa melhor.)
Mas voltemos ao filme. X-Men Origens: Wolverine, como o nome diz, propõe contar a história da origem do mutante mais famoso da Marvel. Infelizmente, nem nos quadrinhos a cronologia do Wolvie é totalmente esclarecida, então não dava pra esperar muita coisa do filme, neste quesito. Portanto, um pré-requisito pra se curtir o filme é esquecer toda a intrincada história do personagem nos quadrinhos, caso você a saiba.
Dito isso, posso admitir que eu gostei do filme. Quer dizer, a história no filme é mera desculpa pras cenas de pancadaria e luta entre mutantes. Neste ponto, este filme é mais fiel aos quadrinhos contemporâneos americanos, do que os dois primeiros X-Men: os personagens brigam antes e conversam depois. (E se dão conta de que não precisavam ter caído na porrada, mas aí, que filme de ação seria, não é mesmo?)
O outro ponto de fidelidade com os quadrinhos é o próprio personagem. Nos dois primeiros filmes dos X-Men, quem era aquele Wolverine? Um bundão, muito diferente do cara invocado dos quadrinhos (que eu adorava), que é o melhor naquilo que faz, mas o que ele faz não é nada bonito. Neste filme ele está mais selvagem, mais próximo daquilo que originalmente ele era.
Infelizmente, a história do filme é o seu ponto fraco. Talvez o mesmo erro que cometeram no terceiro X-Men: pegaram UM MONTE de arcos (ou sagas) de histórias do canadense, comprimiram usando um algoritmo meia boca e cuspiram na tela. O resultado são uma ou outra cena legal (OK, os créditos de abertura, mostrando Logan a.k.a. Wolverine e Victor a.k.a. Dentes de Sabre passando pelas guerras, são legais pra caramba), mas sem dúvida passando muito rapidamente sobre a história do herói, sobrando várias referências a eventos que poderiam ser muito mais explorados, em mais de um filme, de preferência.
E uma coisa que eu não gostei porque foi claramente inserida com intuito puramente comercial: a profusão de personagens secundários (ou até terciários) que não precisavam (e não deveriam) estar lá. Scott Summers, ou o Ciclope, por exemplo. Blob também está lá totalmente deslocado.
Concluindo, X-Men - Origens: Wolverine é um filme de ação acerebrado, mas nem por isso, menos divertido. Desligue o cérebro, dê um stand-by na realidade, e sobretudo esqueça tudo o que você já leu da Marvel, e curta a porradaria. Assim, dá pra gostar do filme, como eu gostei.
Trailer:
Para saber mais: Especial Wolverine no Omelete. Indicado sobretudo se você quiser saber mais (ou então relembrar) sobre o passado do personagem nos quadrinhos.
4 comentários:
Perdi a vonta de ver o filme, rs.. Bem pelo menos não vou com aquela espectativa toda né. Só me surpreender porque pelo que você falou, não vou gostar muito.
É tudo o que eu preciso, um filme que faça meu cérebro desligar. Só isso mesmo...
E ain... quem pode desligar com o Hugh Jackman na telona??? Ele faz parte dos meus sonhos mais secretos...
AHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHHUAA!!
Vc desliga a parte pensante do cérebro e deixa ligada apenas a parte... err... aquela parte que vc pensa no hugh jackman, hauhauhauha
ahuahuahuahuahuahuahuahuahua!
Ai... acho que dessa semana num passa!
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