Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 15/07/2011, com uma consulta de uma ouvinte sobre a importância da carreira e família.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Carreira é mais importante que a família?
"Minha consulta é diferente de todas as que você recebeu até hoje", escreve uma ouvinte. "Tenho 39 anos e um cargo de diretoria em uma ótima empresa. Nunca tive qualquer problema em relação a minha carreira. Tudo deu certo. Só tem um pequeno senão: sou solteira e moro sozinha. Tive alguns namorados, nada sério. Mas nunca pensei em me casar porque dei prioridade à minha vida profissional.
Só que comecei a perceber que ser uma diretora solteira atrai comentários negativos. As pessoas ficam especulando porque não me casei. E até meus colegas de diretoria, todos casados e com filhos, passaram a me perguntar, com mais frequência, se não tenho planos de constituir uma família.
Eu sempre levei numa boa, mas na semana passada o presidente da empresa me fez a mesma pergunta. Quando eu respondi que a minha prioridade era a carreira, ele me disse: 'Será? Você tem certeza que é isso mesmo que deseja?' Como ele é uma pessoa muito ponderada, pela primeira vez, eu titubeei. Até agora, ser solteira me ajudou, mas será que no futuro pode me atrapalhar?"
Vamos lá. Toda carreira um dia termina. Quando a sua terminar, você certamente terá recursos para se manter e encontrará companhia para se divertir. Mas não terá filhos. Nem terá a seu lado uma pessoa que compartilhou de sua intimidade por muitos anos. Foi isso que seu presidente lhe pediu para pensar. Você tem mesmo certeza de que a sua carreira sempre será mais importante que uma família?
Você tem mais um par de anos para decidir, e três opções para escolher: deixar como está, repensar as suas prioridades ou casar por conveniência, só para salvar as aparências. A primeira é cômoda, a segunda é emocional e a terceira é racional. Pelo seu histórico de vida, algo me diz que você inclinará para a terceira.
Max Gehringer, para CBN.
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