Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 21/07/2011, sobre se profissionais de sistemas de informação podem ascender a altos cargos executivos em empresas.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Profissional de sistema pode se tornar presidente de uma empresa?'
"Eu me formei em Ciência da Computação e sou Analista de Sistemas", escreve um ouvinte. "Quero corroborar algo que você já comentou, de que este é um setor que só fica desempregado quem quer. Existem vagas suficientes e sempre aparecem propostas para mudança de emprego. Apesar de eu estar satisfeito com o meu salário, tenho uma preocupação: o futuro.
Eu sempre imaginei que poderia assumir novas funções na empresa a partir da área de Sistemas. Mas o que eu tenho visto até agora é que os profissionais de Sistemas são confinados em seus cantos, como se não tivessem conhecimentos para contribuir com ideias e sugestões para outros departamentos. Eu ambiciono algum dia chegar a presidente de uma empresa. Pergunto se você já viu algum profissional de Sistemas se tornar presidente?"
Sim, vi. E você também viu. Em empresas de tecnologia que desenvolvem sistemas para outras empresas. Mas eu imagino que você queira saber se um profissional de Sistemas teria chances de ser presidente de empresas de alimentos, ou de vestuário, ou de automóveis.
A resposta seca é não. Os presidentes dessas empresas saem das áreas mais afinadas com o negócio em si. Por isso, presidentes de bancos tendem a ser economistas. Presidentes de montadoras são engenheiros. E presidentes de empresas de consumo vêm de marketing ou vendas.
O que o nosso ouvinte pode fazer, se deseja expandir os seus horizontes, é cursar uma pós-graduação em outra área e depois pedir uma transferência interna. Mas eu tenho dúvidas se isso seria bom para a carreira dele. O nosso ouvinte é um profissional especializado, num setor do mercado de trabalho que está em franca expansão, ganha bem e recebe convites para mudar. Sair dessa situação para enfrentar uma concorrência pesada em outras áreas seria, em minha opinião, um investimento muito alto para um retorno bastante duvidoso.
Max Gehringer, para CBN.
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