Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 13/09/2012, sobre as baias do escritório.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'No escritório, os funcionários trabalham em baias apertadas'
Um ouvinte escreve para reclamar que trabalha num escritório no qual os funcionários ficam confinados em baias diminutas. "Eu me sinto como um prisioneiro", diz o ouvinte, "olhando o dia inteiro para divisórias de cor inexpressiva e quase sem espaço para me mexer. Será que as empresas não percebem que esse tipo de arranjo torna os funcionários menos produtivos?"
Bom, vamos a um pouco de história. As baias começaram a modificar o panorama dos escritórios a partir da década de 1970. Até então, os funcionários ficavam em enormes salões abertos, com as mesas da chefia de frente para as mesas dos subordinados, que eram dispostas ao lado uma da outra.
Quando as baias surgiram, elas foram recebidas com um misto de satisfação e alívio. Com o advento das baias, foi possível se livrar daquele colega chato da mesa da direita, que passava o dia inteiro discorrendo sobre assuntos que só interessavam a ele mesmo. Além disso, o odor do colega mal cheiroso da mesa da esquerda diminuía bastante e o ar ficava mais respirável.
Na época, ao contrário que o nosso ouvinte afirma, estudos mostraram que as baias aumentavam a produtividade, reduziam o nível de ruído e diminuíam as tensões, porque davam mais privacidade. Em tempos recentes, muitas empresas decidiram botar abaixo as baias, com o argumento de que um escritório totalmente aberto proporciona mais calor humano, melhora a convivência e aumenta a produtividade.
Quem está certo? Minha opinião é que o arranjo físico do ambiente tem uma influência muito pequena. Se uma empresa paga salários acima da média do mercado, oferece excelentes benefícios e trata seus funcionários com exemplar dignidade, o índice interno de satisfação seria altíssimo, mesmo se os funcionários trabalhassem pendurados no teto.
Max Gehringer, para CBN.
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