Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 05/09/2012, sobre como a geração atual no mercado de trabalho.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Uma geração que acredita em carreiras construídas da noite para o dia
"Sou um executivo com 30 anos de experiência", um ouvinte escreve. "Estou pela primeira vez sentindo dificuldades para orientar jovens recém-contratados. No campo da motivação, palavras como esforço, dedicação, paciência e humildade já não têm mais o peso que tiveram. E no terreno prático, o número de pedidos de demissão aumenta a cada ano e a explicação mais usual é que a empresa não atendeu as expectativas. Não estou reclamando, estou apenas tentando entender o que levou uma geração inteira de jovens a supor que uma carreira possa ser construída da noite para o dia."
Bom, começando pela teoria, há 70 anos o psicólogo americano Abraham Maslow definiu as cinco etapas de uma vida profissional:
A primeira era suprir as necessidades básicas. As pessoas começam a trabalhar porque precisam de dinheiro para comer, morar e se vestir.
A segunda etapa era a da segurança. Nela, o empregado começava a pensar numa pequena poupança, como contingência para situações imediatas e preparação para o futuro.
Na terceira vinha a preocupação com as necessidades sociais. Hoje isso seria ter um carro, um celular, um tablet e tirar férias.
A quarta etapa era a da autoestima. O profissional se esforçava para conseguir um cargo, um título, merecer respeito e acumular poder.
E a quinta etapa era a da realização pessoal. Aquela em que o dinheiro dá e sobra.
Entre uma etapa e outra, passavam-se de cinco a dez anos, sendo que a maioria dos empregados parava na terceira etapa. Atualmente, as quatro primeiras etapas parecem emaranhadas e quem começa já está pensando em como chegar à quinta.
Creio que o nosso ouvinte concorda, apesar das dificuldades que ele enumerou, que ser jovem hoje é muito melhor do que foi nos tempos de Abraham Maslow.
Max Gehringer, para CBN.
Um comentário:
Tenho que confessar, hoje penso na quinta o tempo todo.
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