Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 18/04/2017, com uma mensagem de uma ouvinte saturada no trabalho.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Cheguei a um ponto de saturação na empresa'
"Minha situação é a seguinte", uma ouvinte começa escrevendo e, a partir daí, ela utiliza 1354 caracteres, espaços excluídos, para listar os problemas que ela vê na empresa como um todo, e no superior imediato em especial. Para finalizar, ela pergunta o que eu faria se estivesse no lugar dela.
Bom, provavelmente eu faria o que ela fez: escreveria para mim. Só que resumiria a mensagem em três linhas, assim: "Cheguei a um ponto de saturação nessa empresa e por isso só consigo enxergar o que está errado nela. A saber: tudo e qualquer coisa."
Certo. Vamos então discorrer um pouco sobre "saturação". É uma palavra que veio do latim e significa "cheio, suficiente". Mas há uma outra palavra, "satisfação", que vem da mesma fonte latina.
Portanto estar satisfeito ou estar saturado só depende da maneira como avaliamos uma mesma situação. A diferença é que o satisfeito vê o lado bom e o saturado só vê o lado ruim.
No meio dos dois, está o equilibrado, palavra que veio de "igual". O equilibrado sabe que nem tudo é uma maravilha, mas também que nem tudo é uma desgraça. E essa é, para mim, a definição perfeita de qualquer empresa.
Minha experiência me mostrou que é mais fácil convencer o satisfeito de que nem tudo é ótimo, do que convencer o saturado de que nem tudo é péssimo. E por isso, a minha sugestão é que nossa ouvinte parta correndo para outra empresa.
Um funcionário saturado não faz bem nem para si, nem para o ambiente, cuja maioria é sempre composta por equilibrados e satisfeitos.
Reclamar é bom e é saudável, mas reclamar de tudo, o tempo todo, tende a saturar a paciência de quem ouve.
Max Gehringer, para CBN.
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