2010-07-19

'É preciso colocar o objetivo no currículo?'

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 19/07/2010, sobre o campo objetivo no currículo.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'É preciso colocar o objetivo no currículo?'

objetivo no currículo
Um ouvinte pergunta se é indispensável colocar o objetivo no currículo. Porque, ele raciocina, ao colocar o nome de uma só função, o candidato pode ser descartado de outras funções que ele até poderia considerar.

Não, não é indispensável. Mas é recomendável.

Pensando na pessoa que for avaliar o currículo, ela teria que ler uma ou duas páginas e depois decidir em quais funções o candidato poderia se encaixar. E quem avalia currículos, e portanto tem a faca e o queijo na mão, prefere que sua a vida seja facilitada, e não dificultada.

Há casos de profissionais que buscam funções bem específicas. Eles escreveriam por exemplo: "objetivo: vendedor". Ou "objetivo: técnico de laboratório". Aí não há muito o que pensar, e o avaliador agradece a precisão.

Quando o leque de opções for mais amplo, como parece ser o caso do nosso ouvinte, o objetivo pode ser mais genérico. Por exemplo, "executivo da área financeira". Ou então "auxiliar administrativo". Eu poderia listar pelo menos cinco funções diferentes que se encaixariam em qualquer dessas duas descrições.

O nosso ouvinte pode ser ainda mais genérico, escrevendo: "objetivo: setor de compras". Nesse caso, pela análise da formação acadêmica e dos empregos anteriores, o avaliador poderá decidir se o candidato quer ser assistente, comprador ou chefe.

Mas é sempre bom usar o objetivo para indicar pelo menos uma direção. A falta do objetivo pode passar a impressão de falta de direção, o que seria muito pior.

Aproveito para explicar que o outro extremo também é daninho. Há candidatos que escrevem objetivos de três ou quatro linhas, tentando enumerar todas as funções possíveis e imagináveis em que se encaixariam. De novo, é preciso se colocar no lugar de quem for ler o currículo. O excesso de micro-objetivos vai confundir tanto quanto a falta de um macro-objetivo.

Resumindo, quanto mais sucinta for a descrição, mesmo que ela não seja muito específica, melhor será o entendimento.

Max Gehringer, para CBN.

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