Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 01/06/2011, sobre um ouvinte que se sente incomodado porque um colega não vai com a cara dele.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Colega de trabalho não vai com a minha cara'
"Um colega de trabalho não vai com a minha cara", lamenta-se um ouvinte. "Ele nunca foi, desde o primeiro dia, e sem que eu falasse ou fizesse qualquer coisa que pudesse provocar essa reação negativa. Sinto-me muito mal com essa situação. Se eu chego numa rodinha, esse colega imediatamente se afasta. Se tento conversar com ele, como já tentei algumas vezes, ele me dá uma resposta monossilábica, levanta e me deixa falando sozinho. O que pode ter causado esse tipo de ressentimento, sem sentido e sem razão?"
Vamos lá. Muitas vezes, para entender uma situação, é preciso invertê-la. Todos nós, pelo menos uma vez na vida profissional, fomos apresentados a um novo colega e não gostamos dele. Não sei se é uma questão de química pessoal, ou se a pessoa nos lembra alguém que detestamos, ou se existe algum arrazoado psicológico mais profundo.
Eu me sinto até meio envergonhado de confessar que isso já aconteceu comigo, e mais de uma vez. E suponho que deva ter acontecido também com o ouvinte que escreveu e com todos os ouvintes, exceto aqueles que são tão puros de coração que nem deveriam estar no mercado de trabalho.
Mas o ponto é o seguinte: quando nós não vamos com a cara de alguém, não nos sentimos mal com isso. Não ficamos pensando em prejudicar a pessoa ou a desejar o mal dela. Apenas nos afastamos e pronto.
Mas quando alguém não vai com a nossa cara, aí a situação muda. Ficamos procurando motivos para essa rejeição e não os encontramos, porque eles são os mesmos motivos inexplicáveis que nos levam a rejeitar alguém.
Eu sugiro ao nosso ouvinte que simplesmente aceite que pelo menos uma pessoa neste mundo não vai com a cara dele. Porque a quantidade de colegas que vai com a cara do nosso ouvinte já é o suficiente para demonstrar que o problema não é com ele e nem é dele.
Max Gehringer, para CBN.
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