Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 21/06/2011, sobre chefes mais jovens que subordinados.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Como receber ordens de um chefe mais novo?'
Muitos ouvintes que desistiram de estudar há dez ou quinze anos, por achar que a prática compensaria a falta de um diploma, estão percebendo que a concorrência está ficando cada vez mais difícil. Porque hoje no mercado de trabalho, um curso superior já se tornou exigência elementar.
Um desses ouvintes decidiu então fazer o curso superior que poderia ter feito há uma década. Ele se formou com 35 anos. E descobriu que agora, com a prática acumulada e o diploma tinindo na mão, pode procurar opções melhores de emprego.
Porém, ele relata, há uma pergunta que o incomoda: "Como você se sentiria recebendo ordens de um chefe dez anos mais novo que você?"
Nosso ouvinte diz que já ouviu essa pergunta duas vezes em entrevistas, e respondeu: "Tudo bem, sem problema". Mas parece que o entrevistador não se convenceu. E o nosso ouvinte pergunta: qual é a resposta certa?
Vamos lá. A resposta certa é "Tudo bem, sem problema".
Mas tudo depende do que é dito em seguida. Aos olhos do entrevistador, um candidato com 35 anos que acabou de se formar pode ter duas atitudes se for contratado.
A primeira: tentar conseguir em um ano, tudo o que poderia ter conseguido em dez anos. Tendo um chefe mais jovem, e portanto com bem menos experiência prática, o contratado pode deduzir que será fácil atropelar a hierarquia, tomar as suas próprias decisões e recuperar rapidamente o tempo perdido.
A segunda atitude é: vou começar a trabalhar como se tivesse dezoito anos e fazer tudo o que me for pedido.
A segunda resposta gera um emprego. Um "tudo bem" dito sem convicção gera um muito obrigado.
O fato de que a pergunta é feita mostra que há cada vez mais chefes jovens no mercado. E chefes assim gostam de ter subordinados como nosso ouvinte, maduro e experiente. Desde que vejam nele uma cooperação de médio prazo, e não uma ameaça de curto prazo.
Max Gehringer, para CBN.
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