Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/06/2011, sobre a palavra dada e oportunidades de última hora.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Dei a minha palavra sobre um emprego, mas recebi uma proposta melhor'
Escreve um ouvinte: "Trabalho no setor de Tecnologia da Informação, que está muito aquecido. Participei de um processo e consegui a vaga. Anteontem o gerente me disse que bateria o martelo em sete dias, porque a contratação precisava do aval da matriz nos Estados Unidos. Mas isso seria mera formalidade burocrática. Nessa entrevista o gerente me perguntou se eu realmente queria aquela vaga e não iria desistir dela no último momento. Eu respondi para ele ficar tranquilo quanto a isso.
Bom, ontem recebi outro convite, de um diretor com quem já trabalhei no passado. Ele me fez uma proposta por telefone e se eu aceitar, posso começar já. Essa segunda proposta é melhor em termos salariais, só que não sei como dizer ao gerente da primeira empresa que dei a minha palavra e agora estou pulando fora. O que você me diz?"
Bom, na semana passada eu fiz um comentário sobre um ouvinte que foi selecionado num processo, pediu a conta e a empresa cancelou a vaga. Se isso merece crítica, temos que considerar que a primeira empresa também teve um custo com o processo e que o gerente vai sofrer um desgaste, já que a matriz aprovaria uma contratação inexistente. Foi pensando nessa hipótese que o gerente perguntou antes se você não iria desistir.
Mas olhe a questão por um outro lado. Se um amigo lhe fizesse a mesma pergunta que você me fez, o que você iria sugerir a ele? Pegar a melhor proposta ou manter a palavra dada? E tome a mesma decisão que você recomendaria a ele.
Se você decidir ir pelo dinheiro, bem pouca gente irá dizer que você está errado. Se a sua opção for manter a palavra, você explica ao diretor da segunda empresa que já havia assumido um compromisso e que se sentiria mal roendo a corda. Como você mesmo afirmou que o pula-pula é normal no setor, é provável que o diretor entenda e até deixe o convite em aberto.
Max Gehringer, para CBN.
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