Freqüentemente a receita do sucesso é a mesma do insucesso - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 03/11/2008, sobre a receita do sucesso e do insucesso, e os quatro fatores determinantes para se construir uma carreira.

Outro texto do Max Gehringer sobre a receita do sucesso e do insucesso, mas com seis sinais de que alguém pode ter espírito empreendedor (e que são os mesmos sinais de quem não quer nada com nada), pode ser lida neste link: Não raramente, a receita do sucesso é a mesma do insucesso.

Áudio original pode ser encontrado no site da CBN (link aqui).

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Freqüentemente a receita do sucesso é a mesma do insucesso

Consulta de um jovem ouvinte que se diz bem preparado para decolar na carreira, mas ainda não decolou. Ele pergunta: "afinal, existe uma receita para o sucesso?"

Sim. Essa é a boa notícia. A má notícia é que a receita do sucesso é a mesma do insucesso. Começando por quatro fatores que são determinantes para se construir uma carreira.

1º. Conhecimento. Se você sabe, diga.
2º. Criatividade. Se você tem uma idéia, apresente.
3º. Persistência. Se ninguém escutou, repita.
4º. Personalidade. Se você não concorda, reclame.

Mas esses mesmos quatro aceleradores de carreira podem se transformar em freios. O conhecimento pode ser interpretado como soberba. A criatividade, como tentativa de mudar o que não precisa ser mudado. A persistência, como teimosia. E a personalidade, como dificuldade de relacionamento.

Em resumo, os mesmos quatro fatores tanto podem impulsionar alguém para cima, quanto para fora. Talvez seja por isso que usamos a palavra receita, quando falamos em sucesso profissional. Um manual de carreira é mais ou menos como um livro de culinária. Partindo dos mesmos ingredientes, que são conhecidos e estão disponíveis para todos, pode-se chegar a resultados opostos.

A diferença está no quinto ingrediente: a sensibilidade.

Existem empresas que apreciam e incentivam a agressividade e a competitividade feroz entre colegas. E existem outras, que preferem ter colaboradores capazes de conviver em harmonia e de se adaptar a rotinas. Na prática, isso não significa que uma empresa mais agressiva terá melhores resultados que uma empresa mais assentada, ou vice-versa. Significa apenas que pessoas, cujas características pessoais se encaixam em uma delas, dificilmente terá sucesso na outra.

Boa parte da frustração que muitos jovens demonstram por não serem reconhecidos ou por não terem oportunidades, vem do fato que eles estão usando todos os ingredientes do sucesso, mas sem dar a devida importância aos critérios de quem será responsável pela avaliação do bolo final.

Max Gehringer, para CBN.