Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/11/2008, sobre quais são os reais impactos de uma experiência no exterior, tanto para a vida, quanto para o currículo.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui).
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O real impacto de uma experiência no exterior
Hoje vamos discutir uma dúvida que vem se repetindo com frequência em consultas tanto de pais quanto de filhos. Diz um jovem ouvinte: "Estou terminando a faculdade este ano e sei que a fluência no idioma inglês será um diferencial para eu conseguir o meu primeiro emprego. Por isso estou pensando em passar um tempo no exterior. Gostaria de saber o real impacto que essa experiência e esse aprendizado, terão em meu currículo, quando eu regressar."
Vamos começar pela pergunta que nosso ouvinte não fez. Se ele tivesse perguntado que impacto esse período no exterior teria em sua vida, a resposta seria: muito positivo. O ouvinte passaria um tempo longe da família, aprendendo a cuidar de si mesmo. Teria que conviver com uma cultura diferente da nossa. Aumentaria a sua auto-confiança. Para a vida, tudo isso é ótimo.
Mas não foi isso o que nosso ouvinte perguntou. Ele quer saber qual será o impacto imediato em seu currículo. Então, vou tentar criar uma pequena escala.
Vamos imaginar um processo de seleção, com vários candidatos. Se o nosso ouvinte tivesse, por exemplo, 10% de chances de conseguir a vaga, apenas com seu diploma de faculdade, as chances aumentariam para 20% com o inglês aprendido no exterior. Se o nosso ouvinte, além de estudar, conseguisse também algum tipo de trabalho no exterior, mesmo que não-remunerado, as chances subiriam para 30%.
Portanto, ele ainda teria menos chances de conseguir a vaga, do que um outro candidato que não estudou no exterior. Por que essa diferença? Porque em processos de seleção, a experiência prática tem um peso mais alto. Na concorrência direta com candidatos que já trabalham há 2 ou 3 anos, apenas o fato de falar inglês não é um diferencial suficiente para equilibrar a disputa.
Resumindo, o inglês será importante para o futuro, e a viagem, também. Mas nenhuma das duas coisas irá garantir um bom emprego no regresso ao Brasil. Por isso, e para evitar frustrações, a viagem ao exterior deve sempre ser encarada como um investimento de longo prazo na carreira, e não como uma aplicação de curtíssimo prazo.
Max Gehringer, para CBN.
3 comentários:
VOCE JAMAIS VAI APRENDER INGLES SE NO MINIMO NAO VIVER FORRA POR TRES ANOS.MENOS QUE ISSO E' MENTIRA E ILUSAO
Sei não, aparentemente vc não aprendeu nem português direito, e deve ter vivido a maior parte da vida aqui.
Eu vivi um puco emnos que 2 anos.. e falo fluente. Claro que estudei um pouco no Brasil. O negocio eh nao se limitar as aulas e sim se misturar com pessoas de outros paises, para forcar a falar o ingles. Alem de que ler livros ajuda em muito seu vocabulario. Quando voce assiste aos filmes em ingles sem legenda, voce estara adaptando seu ouvido as palavras que voce ja conhece.
Ou seja, o tempo nao importa muito, o que pesa e o que voce faz com este tempo.
(escrevi sem acentuacao por que estou no exterior sem teclado em ABNT, nao por nao saber portugues, antes que alguem faca uma piadinha hehe)
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