Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 07/04/2009, com esclarecimentos sobre como uma agência de outplacement trabalha.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui).
E também é interessante, para quem ainda não leu ou ouviu, o comentário do Max sobre agências de recolocação, a fim de se prevenir contra falsas promessas de agências picaretas.
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Os equívocos sobre o trabalho das consultorias de outplacement
"Em busca de uma vaga no mercado de trabalho", escreve um ouvinte, "estou considerando a possibilidade de contratar uma agência de outplacement. Gostaria de saber se o investimento valeria a pena."
A consulta do nosso ouvinte permite desfazer dois equívocos. O primeiro é em relação ao outplacement em si. Nosso ouvinte está interessado em entrar numa empresa. A expressão inglesa outplacement significa exatamente o oposto: literalmente, outplacement é "colocação para fora".
Funciona assim: quando decide demitir um funcionário graduado, que ocupa um cargo de responsabilidade, uma empresa pode simplesmente fazer o que a lei trabalhista determina, ou seja, encerrar o contrato de trabalho burocraticamente e sem mais delongas. Ou então a empresa pode demonstrar o seu apreço pelas contribuições dadas pelo demitido e um pouco de preocupação para com o futuro dele. Nesse caso, a empresa contrata uma agência de outplacement.
O trabalho se divide em três partes. Primeiro, o apoio à própria empresa, orientando a pessoa que ficará com a triste tarefa de comunicar a demissão. Em seguida, imediatamente após essa comunicação, a agência de outplacement começa a conversar com o demitido, para reduzir o impacto do trauma e explicar que ele não vai ficar desamparado. Finalmente, o demitido terá um local físico para ficar, enquanto procura outro emprego, recebendo assistência psicológica e operacional.
O processo inteiro pode durar até seis meses e o custo para o demitido é zero. Portanto, quem contrata e paga a agência de outplacement, é sempre a empresa.
O segundo equívoco é mais amplo. Existem agências de recolocação, que possuem um cadastro de candidatos e até podem oferecer serviços de aconselhamento profissional e orientação de carreira. As empresas contratam essas agências de recolocação quando procuram um profissional para uma vaga em aberto.
Resumindo, eu diria para o nosso ouvinte: existem agências que procuram você para um emprego. Mas não existem agências que procuram um emprego para você.
Max Gehringer, para CBN.
2 comentários:
Hoje eu ouvi o GuériGuéri falando de estagios. Daí eulembrei de vc!
Mas suas transcrições continuam me sendo mto úteis.
Bom... apesar de eu nunca ter ouvido nem falar desse tal outplacmenayudfgeuighuesdhv!
Bem, tem alguns comentários que eu não acho tão bons, e não transcrevo. Esse dos estágios é um deles.
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