Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 26/06/2013, com uma ouvinte que precisa convencer o dono da empresa a implantar um sistema que premie os funcionários mais eficientes.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Como convencer o meu chefe de que alguns funcionários devem ganhar mais que outros?'
Uma ouvinte escreve: "Fui contratada para organizar a área de recursos humanos de uma empresa familiar. E não tive problemas até chegar à folha de pagamento. Existem funcionários que merecem ganhar mais do que outros, porque produzem mais e melhor. Mas o dono da empresa alega que isso só criaria conflitos. Tentei mostrar a ele que destacar os mais eficientes é a melhor maneira de acordar os menos eficientes. Mas ele não se convenceu e estamos num impasse. Que argumentos eu posso usar?"
Bom, você está tentando implantar um sistema capitalista, segundo o qual o mérito individual determina o ganho. Já o dono parece ser adepto do sistema socialista, em que o ganho é igual para todos, mesmo que a produtividade e a qualidade sejam diferentes.
A lei trabalhista brasileira, neste caso, tende ao socialismo. Ela determina que dois funcionários que executem o mesmo serviço devem ter salários iguais. E como as empresas resolveram essa questão? De duas maneiras.
A primeira é um prêmio periódico, concedido a partir dos resultados reais obtidos. Objetivos individuais são passados para todos e o prêmio é proporcional à superação desses objetivos.
A segunda maneira é a criação de faixas salariais. Uma mesma função é desdobrada em três, normalmente júnior, pleno e sênior. E as promoções são feitas a partir dos resultados.
Eu acredito que a nossa ouvinte está tentando convencer o dono a adotar esse sistema de faixas, quando o mais recomendável seria começar pelo prêmio. É mais fácil explicar a quem não ganhou num determinado mês, que poderá ganhar no mês seguinte, bastando ultrapassar os objetivos previamente fixados.
O dono só precisa ser convencido de que iria repassar aos mais eficientes uma parcela do faturamento extra que será gerado. E não há dono que não entenda essa conta, que só irá beneficiá-lo.
Max Gehringer, para CBN.
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