2013-06-06

Elogios de entrevistadores nem sempre são garantia de vaga - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 06/06/2013, sobre como os elogios de entrevistadores no fim de uma entrevista de emprego não são garantia de que o candidato será contratado.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Elogios de entrevistadores nem sempre são garantia de vaga

entrevista de emprego mulheres

Uma ouvinte escreve: "Na maioria das entrevistas de emprego que fiz até agora, ouvi elogios dos entrevistadores e saí com a impressão de que fui bem. E depois, nada. Não recebi mais nenhum contato e fiquei sem saber porque não segui adiante no processo. Por que os entrevistadores agem assim?"

Por empatia. O selecionador sabe que é normal um candidato sentir uma forte carga de nervosismo e de preocupação antes da entrevista. Ao final dela, uma palavra de incentivo ou um elogio ajudam a amenizar essa pressão que o candidato colocou sobre si mesmo.

Se isso tem um efeito imediato positivo, tem também um posterior negativo, que é o de criar no candidato uma expectativa, que eventualmente não irá se materializar. Quando isso ocorre, a reação natural é achar que o entrevistador mentiu para não ter que passar pelo desconforto de dizer ao candidato, olho no olho, que ele não foi bem na entrevista e está eliminado do processo. Talvez isso até aconteça em alguns casos, mas não na maioria deles. O candidato precisa entender os elogios não como promessas ou garantias, mas como a simples constatação de que se saiu melhor do que a média dos entrevistados.

No caso da nossa ouvinte, a impressão dela é correta. Ela foi bem nas entrevistas que fez, embora não tenha ficado entre os finalistas. Mesmo os candidatos que ouvem frases mais altissonantes, como por exemplo "Você foi o melhor candidato até agora" ou "A vaga é praticamente sua", devem ter em mente que "até agora" e "praticamente" são termos que dão esperança, mas não permitem uma comemoração antecipada.

Só lamento, no caso da nossa ouvinte, que ela não tenha recebido a notícia de que o processo estava encerrado. Essa é uma omissão imperdoável por parte da empresa, porque só prolonga a expectativa, para não dizer a agonia, do candidato.

Max Gehringer, para CBN.

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