Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 18/06/2013, sobre como as exigências para se ter sucesso são diferentes como empresário e como empregado.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Exigências de empregado e empresário são diferentes
Uma consulta que seria cômica se não fosse séria. Um ouvinte escreve para contar que passou quatro períodos trabalhando em um país do exterior, para juntar algum dinheiro. Quando ele juntava o suficiente, voltava ao Brasil e montava um negócio próprio. Aí quebrava. E voltava ao outro país para recomeçar. Com três negócios próprios falidos e atualmente na quarta passagem pelo exterior, ele conclui que perdeu aqui o que conseguiu lá fora. E pergunta: o que está errado com o Brasil?
Bom, falando seriamente, tem muita coisa errada no Brasil. Mas o caso do nosso ouvinte não se enquadra em nenhuma delas. Ele passou por duas experiências distintas: a de empregado e a de empresário. As exigências para se obter sucesso em cada uma delas são diferentes.
O empregado recebe ordens, executa um trabalho e ganha um salário. Foi isso o que o nosso ouvinte fez no exterior. Já um empresário decide tudo o que terá de ser feito e arrisca o seu capital no processo. Tal experiência o nosso ouvinte não aprendeu lá fora e não aprenderá mesmo que retorne para lá mais algumas vezes.
Não sei se o nosso ouvinte fez algum curso para entender o que um pequeno empresário precisa saber antes de abrir um negócio. Mas se ele não fez, boa parte da explicação é exatamente essa. A sugestão é que ele faça, começando pelos cursos do Sebrae.
Muita gente se assusta com uma estatística que diz que metade dos pequenos negócios no Brasil quebra antes de completar três anos. Eu vejo do modo inverso: metade dá certo. É um número bastante animador. Porém, esse percentual sobe quando o novo empresário começa bem informado, em vez de se arriscar apenas na base da coragem. Nosso ouvinte pode começar por aí na próxima volta ao nosso Brasil, em que nem tudo dá certo, mas nem tudo dá errado.
Max Gehringer, para CBN.
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