Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Recepcionista é uma função delicada e muito importante
Uma ouvinte escreve: "Por favor, me ajude a desatar um nó que eu mesma dei em minha cabeça. Tenho 42 anos e desde o começo da minha vida profissional trabalhei como recepcionista em empresas. Nunca fiquei desempregada. E embora o meu serviço não fosse tão importante assim, eu me sentia muito bem, porque gosto de atender às pessoas.
Bom, há alguns anos, depois de ouvir de meus amigos que a minha carreira estava estagnada, decidi cursar Psicologia. Após me formar, tentei conseguir empregos nessa área, em empresas privadas. Mas já se passaram quatro anos e não consegui nada. Hoje continuo trabalhando como recepcionista, mas o meu humor mudou. Tem dias em que eu fico deprimida, ou por ter a sensação de estar sendo sub-utilizada, ou por me sentir meio envergonhada por não ter mostrado competência para ser mais do que aquilo que sempre fui e que sempre gostei de ser. O que eu faço para melhorar a minha cabeça?"
Bom, vamos começar pelas estatísticas. Psicologia é uma das profissões mais saturadas do mercado. E por isso, a maioria dos formandos se distribui por outras áreas do mercado de trabalho. E uma opção para você seria o setor de recursos humanos. Porque, além do diploma de psicóloga, você tem um dom natural para lidar com pessoas. Outra opção é você se convencer de que talvez seja uma das melhores recepcionistas do Brasil, por sua longa experiência e por sua formação superior.
Só discordo quando você diz que a função não é importante. Você é a primeira impressão que um visitante leva de uma empresa. A recepção é uma posição delicada, que exige uma série de habilidades que nenhum curso superior consegue ensinar: simpatia, compreensão, descontração, eficiência e bom humor. Você tem tudo isso e é por isso que nunca ficou desempregada. E nem ficará.
Max Gehringer, para CBN.
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