2015-09-09

'Minha carreira corre riscos se eu não participar de happy hours?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 09/09/2015, com uma ouvinte que não quer participar dos encontros e happy hours da empresa fora do horário do expediente e quer saber se isso poderá afetar a sua carreira.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Minha carreira corre riscos se eu não participar de happy hours?'

happy hour do trabalho

Uma ouvinte escreve: "A empresa em que trabalho, uma multinacional, tem a cultura do happy hour entre funcionários, e dos almoços ou jantares de negócios com clientes. Como quero ter uma vida pessoal desligada da empresa, sinto-me incomodada em ter que dedicar esse tempo adicional e não remunerado a assuntos de trabalho. Pergunto se a minha carreira corre algum risco caso eu passe a me negar a participar de tais encontros?"

Sim, corre, se a cultura da sua empresa for essa e se a maioria dos seus colegas vê, nesses encontros, não um incômodo, mas uma oportunidade para se destacar.

A sua pergunta, entretanto, faz sentido para mim, porque eu sempre pensei como você pensa. Acontece que eu vi, como você deve estar vendo, muitos profissionais progredirem na carreira por serem mais participativos em atividades fora do expediente de trabalho. Não que essas pessoas se sentissem fazendo um sacrifício, pelo contrário, elas apreciavam esses encontros e se sentiam muito a vontade neles e não ficavam olhando a hora para irem embora logo.

Aí é que entra o que chamamos de cultura, algo que varia bastante de uma empresa para outra. Se a sua privilegia os que pensam diferente de você, obviamente você continua certa, só não está na empresa certa para o seu modo de pensar.

Você tem duas opções. Ou encontrar outra empresa que se pareça mais com você, ou ter na empresa atual resultados tão bons que tornem você uma profissional importante demais para ser criticada por não aceitar todas as imposições da cultura.

Max Gehringer, para CBN.


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