Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Tenho um cargo de analista, mas, na prática, sou responsável pelo meu setor'
Um ouvinte escreve: "Tenho um cargo de analista, mas, na prática, sou responsável por meu setor, com cinco funcionários se reportando a mim. Já solicitei que o título da minha função fosse alterado, mas a resposta que recebi foi a de que o que eu faço e o que eu ganho são mais importantes do que o nome na minha função. Pergunto se isso é correto do ponto de vista da legislação e do mercado de trabalho?"
Bom, começando pela legislação, ela não impõe uma nomenclatura de cargos. Dez pessoas que façam o mesmo tipo de trabalho, em dez empresas, podem ter dez títulos funcionais diferentes. Já no caso do mercado, existe sim a tendência de tentar igualar a nomenclatura, porque isso facilita muito na hora de preencher uma vaga.
Mesmo assim, existem empresas que fazem o contrário da sua: elas oferecem títulos mais sonoros para compensar uma remuneração mais baixa. Por isso, é bem possível que você, como analista, ganhe mais do que muitos gerentes. Um título que está na moda é o de consultor de vendas, que é um vendedor, mas parece ser mais do que realmente é.
Já no seu caso, se você se preocupa por parecer menos do que é de fato, continue insistindo na mudança do título. Se a sua preocupação for a de não conseguir outro emprego por causa do título, isso se resolve com a descrição da sua função no seu currículo. Se você escrever "Gerencio um setor com cinco funcionários e me reporto diretamente ao diretor", quem ler isso irá entender que você tem uma função gerencial e que a sua empresa é mesquinha com títulos.
Max Gehringer, para CBN.
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