Mais uma transcrição dos comentários do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 06/10/2008, sobre como lidar, mesmo que temporariamente, com um chefe que adora ser "elogiado".
Hmmm, ultimamente o assunto "puxa-sacos" tem aparecido bastante (como neste outro post de uma demonstração explícita de 'puxa-saquismo')...
Áudio original disponível no site da CBN.
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Incentivar auto-elogio do chefe é uma alternativa para o 'puxa-saquismo'
Diz um preocupado ouvinte: "Você já mencionou num comentário, que a prática do 'puxa-saquismo' só existe quando o chefe aprecia a bajulação. Pois bem, meu chefe é exatamente assim. Ele demonstra grande contentamento quando ouve os elogios mais ridículos feitos pelos subordinados. E essa postura dele só incentiva novos elogios, falsos e vazios.
Meus colegas até fizeram uma espécie de 'bingo' para disputar quem elogia mais o chefe. No fundo, o pessoal está se divertindo e o chefe acha que está arrasando. Eu sempre fiquei na minha, quieto, só fazendo o meu trabalho, e a triste conclusão é que o chefe vive me perguntando se eu tenho algum problema. Sei que a sugestão mais lógica seria 'peça a conta'. Eu venho tentando fazer isso há quase um ano, mas não consigo um emprego para ganhar o que eu ganho aqui. O que eu faço?"
Três opções:
Primeira: você continua na sua. Vantagem: mantém a autenticidade e a auto-estima. Risco: pode acabar sendo isolado por todos.
Segunda: você adere à prática coletiva. Vantagem: você se incorpora ao espírito do grupo. Risco: pode se sentir muito pior do que já se sente.
Terceira: o meio termo. Quem aprecia bajulação normalmente gosta de falar de si mesmo. Então, em vez do puxa-saquismo explícito, você poderia fazer perguntas banais sobre a carreira do chefe e deixar que ele se auto-elogie. Algo que ele fará com muito gosto.
Evidentemente, essa medida seria provisória. Até você encontrar outro ambiente em que você possa se encaixar, sem se rebaixar. Por enquanto, se eu entendi bem a sua dedução, o salário e o emprego ainda pesam mais do que ser um desempregado com amor próprio. Portanto, tente fazer um esforço temporário para participar do bingo. E apenas tome cuidado para não se acostumar.
Max Gehringer, para CBN.
3 comentários:
E eu continuo achando que ou o Max X é da sua família, oouuuuuuu ele é seu chefe! HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA!!!
Brincadeiras à parte, eu gostava das brincadeiras saudáveis que rolavam no meu trampo. Agora tudo é bem obscuro...
Bom, eu não me considero muito puxa saco, mas admito que tem que puxar um saquinho de vez em quando...
e esse negocio de auto-elogio é meio perigoso, porque ai é o chefe que decide quando parar (tive chefes que adoravam contar historias)...
O negócio é juntar muita paciência e aguentar, hauhauhau.
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