Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 26/11/2009, sobre como conciliar os estudos para concurso com o trabalho.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Como conciliar a tentativa para o setor público e a permanência no privado
Uma ouvinte escreve para relatar que chegou a uma conclusão, perfeitamente compreensível, a de que o futuro dela está no serviço público. Por isso, a nossa ouvinte resolveu se dedicar a estudar para concursos, em tempo integral. Decidida, ela pediu a conta da empresa em que trabalhava como analista financeira e mergulhou nas apostilas.
Isso foi há 8 meses. Após prestar uma dezena de concursos e não ser aprovada em nenhum, a nossa ouvinte está meio assim, titubeante. A cada mês que passa, ela percebe que passar no concurso não é tão fácil como parecia. Além disso, ela sabe que ficar muito tempo longe do mercado de trabalho não é algo bem visto pelas empresas.
A dúvida de nossa ouvinte é a seguinte: se ela decidir que talvez seja melhor conseguir um emprego e ao mesmo tempo continuar estudando para concursos, como o entrevistador irá avaliar o fato de que ela ficou parada durante oito meses?
Muito bem. O fato em si é incontestável. Faz oito meses que ela não trabalha. O motivo também está claro. Ela decidiu optar pelo serviço público e durante oito meses, deu o melhor de si para conseguir esse intento. Agora, vem a parte mais difícil: ela precisará convencer o entrevistador que se for contratada pela empresa, irá permanecer nela. Isso significa que nossa ouvinte terá que jurar de pés juntos, que não irá pedir a conta se vier a ser aprovada num concurso público.
Como essa não é a intenção dela, já que ela quer continuar investindo nos concursos, das duas, uma: ou a nossa ouvinte mente para conseguir o emprego, ou ela diz a verdade e não consegue.
Eu não sugiro que a nossa ouvinte minta. Mas também não sugiro que ela abandone o objetivo da carreira no serviço público. A melhor opção para ela seria procurar uma agência de terceirização. São agências que fornecem mão-de-obra especializada para empresas, por um tempo determinado. Para cobrir férias, por exemplo.
Como o principal objetivo dessas agências é a prestação de serviços de curto prazo, não será um drama se elas tiverem que repor um terceirizado que pediu a conta. Para nossa ouvinte, isso é exatamente o que ela está querendo e precisando: um emprego por enquanto, até que a sua situação fique mais clara.
Eu espero que a nossa ouvinte passe no próximo concurso e tenha uma longa carreira no setor público. Mas se isso não acontecer, o serviço temporário impedirá que o seu histórico profissional fique com um hiato, difícil de remediar.
Max Gehringer, para CBN.
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