Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 02/12/2010, com o caso de uma ouvinte que misturou relacionamento pessoal com negócios.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Passei a trabalhar com meu marido e nos tornamos dois desconhecidos'
"Estou vivendo uma situação insólita e inesperada", escreve uma ouvinte. "Sou casada há 3 anos e sempre me dei muito bem com o meu marido. No início deste ano ele decidiu abrir uma franquia. E eu, como estava desempregada, me propus a trabalhar com ele. Ele concordou e nós acertamos que eu ficaria com as áreas administrativa e financeira, enquanto ele cuidaria da parte operacional.
Então, de repente, foi como se eu e ele tivéssemos nos transformados em dois completos desconhecidos. Ele começou a interferir em meu trabalho, nem sempre de modo educado. E eu não concordei com a intromissão. E tudo o que nós nunca discutimos em três anos de casamento e quatro de namoro, nós discutimos em apenas oito meses de sociedade. Essa situação começou a abalar a nossa relação pessoal. E eu me pergunto: o que está errado e quem está errado?"
Bom, o que está errado é mais fácil de responder. O que aconteceu com vocês, acontece nas melhores famílias. Parentes próximos, que convivem muito bem socialmente, não necessariamente terão uma convivência perfeita no campo profissional. Em família, o afeto e o respeito mútuo acabam se sobrepondo às pequenas divergências domésticas.
Já numa sociedade, o lado profissional aflora rapidamente. Por mais que namorados ou casais que não trabalham juntos, fiquem contando um para o outro as coisas que acontecem em seus trabalhos, é na relação direta que as diferenças de opinião vão aparecer. O que parecia uma piada ou merecia apoio por parte do outro, de repente vira conflito. Isso é o que deu errado. Vocês dois imaginaram que a relação pessoal seria transferida sem qualquer dificuldade para o campo profissional. E descobriram que não é bem assim.
Quanto a quem está errado, provavelmente, nenhum dos dois. Cada um está agindo do modo que considera correto, mesmo que os métodos possam ser contraditórios.
Eu recomendaria à nossa ouvinte que deixasse o marido se virar sozinho, uma vez que foi ele quem abriu a franquia. O mais importante é que os dois façam um pacto. Se a franquia der muito certo ou muito errado, nenhum dos dois deve apelar no futuro, para frases como "Ta vendo? Eu não falei? Eu avisei!" . Porque quem ama não se vinga.
Max Gehringer, para CBN.
Um comentário:
exato.. quem ama não se vinga... por isso que eu espero o amor passar
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