2014-06-19

'Ganhava um salário acima do mercado e agora não consigo mais encontrar um emprego' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 19/06/2014, com um ouvinte que ganhava bem acima da média do mercado de trabalho, mas que perdeu o emprego e agora tem dificuldades em arranjar outro.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Ganhava um salário acima do mercado e agora não consigo mais encontrar um emprego'

emprego e salário

Um ouvinte escreve: "Faz algum tempo, ouvi você comentar que um profissional podia ganhar um salário acima da média do mercado, sem merecê-lo. Na época, essa era a minha situação. Eu ganhava mais de 40% acima da média para a minha função. Mas discordei do seu comentário porque eu tinha certeza de que valia o que ganhava. Na verdade, ainda mantenho essa certeza, mas isso agora é o de menos, porque perdi aquele emprego e não estou conseguindo encontrar outro, porque os recrutadores se assustam com o salário que eu ganhava. Já me dispus a aceitar um salário mais baixo, mas nem assim consigo uma proposta. O que eu faço? Elimino do currículo o salário que eu ganhava?"

Não. Se você está sendo chamado para entrevistas, é porque o seu último salário está despertando a atenção. E isso é bom. Só que os entrevistadores não estão demorando a perceber que a sua empresa anterior estava mesmo pagando demais pelo trabalho que você executava.

O que eu acredito que possa estar acontecendo é que você esteja tentando provar aos entrevistadores que você valia o que ganhava, mas está disposto a aceitar menos. E esse seria um motivo para ninguém contratá-lo.

Seria mais sábio você dizer que entende ter passado por uma situação salarial momentânea que não poderia durar muito, como não durou. E que agora você não está reduzindo o seu valor como profissional, mas apenas trazendo-o de volta à realidade do mercado. E esse seria um bom motivo para alguém contratá-lo.

Max Gehringer, para CBN.


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