Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 17/11/2014, com uma ouvinte que tem um ótimo emprego, mas que é longe e por causa da distância, quer encontrar outro mais perto.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Não se preocupe em dizer que quer trocar de trabalho pela distância, mas não cite cansaço numa entrevista
Uma ouvinte escreve: "Trabalho em uma multinacional há seis meses e venho sendo elogiada por meu trabalho. Contudo, tenho que dirigir 140 quilômetros por dia, na ida e volta de casa ao trabalho. Sou casada e tenho filhos, e devido à distância e à demanda do trabalho, saio cedo e volto à noite. Não estou mais participando da vida de família e me sinto cansada. Estou numa multinacional conceituada, com ótimas chances de carreira, mas penso em procurar outra opção mais próxima de casa. O que posso responder quando me for perguntado por que deixei um excelente emprego depois de apenas seis meses?"
Bom, eu imagino que, ao aceitar o emprego, você sabia a distância de sua casa ao trabalho e estava consciente de que disporia de bem pouco tempo para a família. Posso também imaginar que você ponderou tudo isso e considerou que valeria a pena, mas agora descobriu que não vale.
Minha sugestão é que você explique tudo isso quando for fazer uma entrevista, exceto a parte de que você está muito cansada. Entrevistadores não apreciam esse adjetivo.
De resto, você trabalha em uma empresa grande e conceituada. E isso já será suficiente para uma empresa mais próxima se interessar por seu currículo, desde que o emprego a que você irá se candidatar não requeira viagens longas ou qualquer outra demanda que faça você voltar a ter as preocupações que tem agora.
E não se preocupe demais. Coisas assim acontecem. Mas precisam acontecer para poder clarear a visão que ficou embaçada por uma proposta atraente de trabalho.
Max Gehringer, para CBN.
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