Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/11/2014, com um ouvinte que ficou conhecido como um dos principais incentivadores de uma greve passada e agora foi preterido em uma promoção.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Se o superior não disser que não lhe ofereceu promoção por participação em greve, é difícil comprovar assédio moral
Um ouvinte escreve: "Participei de uma greve em minha empresa e talvez eu tenha me excedido um pouco em minhas manifestações, porque fiquei marcado como um dos principais incentivadores da greve. O resultado é que agora, passados alguns meses, surgiu uma oportunidade de promoção em minha área e eu não fui considerado para ela. O promovido foi um colega cujos resultados sempre foram piores do que os meus. Isso poderia ser considerado assédio moral?"
Bom, a não ser que o seu supervisor tenha lhe dito diretamente, ou a outras pessoas, que você não foi promovido somente por causa da greve, será muito difícil você conseguir comprovar a acusação de assédio moral.
Agora, eu acho que a sua empresa é meio míope por não ter promovido você. Líderes grevistas autênticos tendem a rejeitar promoções, por questões ideológicas. Como você queria e quer ser promovido, está claro que a sua participação no episódio da greve foi ocasional.
Logo, e supondo que você reunisse todas as outras condições necessárias para a promoção que não recebeu, você seria um chefe peculiar e valioso para a sua empresa. Porque você certamente possui o dom da argumentação. E da mesma forma que convenceu um grupo a entrar em greve, poderia convencer outro grupo a não fazer greve.
Eu sugiro que você explique isso a seu superior. Se ele não entender que você tem a habilidade para defender pontos de vista que considera defensáveis, incluindo os da empresa, aí não seria assédio moral, mas pura e simples falta de visão.
Max Gehringer, para CBN.
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