Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 07/04/2015, com um ouvinte que trabalha em uma empresa que está em recuperação judicial e quer saber o que fazer numa situação dessas, em que a empresa pode cortar em setores não operacionais.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Minha empresa entrou em recuperação judicial e não sei o que fazer'
Escreve um ouvinte: "A empresa em que trabalho entrou em um processo de recuperação judicial. Já há tempos, havia rumores de que a empresa não ia bem, mas fomos todos apanhados de surpresa com a comunicação. Estamos meio sem rumo e eu gostaria de saber o que fazer numa hora dessas?"
Bom, vamos separar a questão em duas partes. No tocante à empresa, o histórico mostra que a grande maioria das empresas sai fortalecida de um processo de recuperação judicial. Portanto a sua continuará a existir.
Já no tocante aos empregados, a situação requer um pouco mais de cuidado. Empresas entram no vermelho por um só motivo: gastaram mais do que deveriam ou poderiam ter gasto. Portanto o primeiro passo em um processo de recuperação é o enxugamento de custos. E a folha de pagamento costuma ser o alvo inicial, porque ela usualmente representa um valor entre 30% e 60% das despesas totais. Logo, deve se esperar que haja cortes.
"E quem será cortado?", você perguntaria. Os setores operacionais como produção e vendas tendem a ser mais preservados, para que a empresa possa continuar faturando. Os setores de apoio e administração sofrem um pouco mais, porque a empresa conseguirá passar algum tempo sem parte das funções que compõem o organograma.
Portanto, no seu caso, tudo depende do grau em que a sua função possa ser considerada como essencial. Se você estiver em dúvida, é porque ela não é tão essencial assim. E seria prudente você começar a fazer contatos, só para ficar prevenido.
Max Gehringer, para CBN.
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