Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 04/05/2015, com uma ouvinte que tinha um cargo de chefia, mas agora procurando emprego, só consegue achar para cargos mais baixos.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Deixei o cargo de supervisora e agora só consigo ofertas para analista'
Uma ouvinte escreve: "Eu era supervisora de um setor e deixei a empresa faz seis meses. De lá para cá, participei de entrevistas e recebi duas propostas de emprego em boas empresas, mas em ambos os casos, para voltar a ser analista. Na primeira vez me senti ofendida. Na segunda, fiquei decepcionada, mas resolvi parar para pensar e gostaria de ouvir a sua opinião."
Vamos a ela. Não sei se vou amenizar a sua decepção, mas tentarei explicar. Títulos de chefia não são como títulos de nobreza, que uma pessoa ganha e usa pelo resto da vida. Títulos de chefia, tanto para serem concedidos, quanto para serem retirados, dependem do porte, da situação e das condições de momento de uma empresa.
Você interpretou como insulto as propostas para voltar a ser analista, mas eu enxergaria a coisa de outro modo. Quem avaliou o seu currículo viu que você tinha condições de ser uma ótima analista e com a vantagem adicional de poder vir a assumir uma futura chefia. Nesse caso, você perguntaria: por que já não lhe deram a chefia? Provavelmente por falta de espaço. Para cada vaga de chefia, há 30 vagas de analistas.
Você pode continuar insistindo em procurar uma vaga de supervisora, mas considere outra opção: candidatar-se a analista em uma empresa de grande porte. Na entrevista, você impressionará o entrevistador ao dizer que está disposta a dar um passo atrás, para poder entrar naquela empresa, porque sabe que ela lhe proporcionará os meios para você dar vários passos à frente.
Resumindo: o que você está vendo como desvalorização pode ser uma ótima oportunidade.
Max Gehringer, para CBN.
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