Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 18/05/2015, sobre como os casos em que um subordinado vai falar com o chefe do chefe podem acabar mal.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Não atropele a hierarquia
Um ouvinte escreve: "Tenho um supervisor que está há bastante tempo na empresa e por isso ele passou a ver tudo com certo ceticismo. Ele se mostra contrário a qualquer ideia nova que lhe seja apresentada. E eu sinto que estou marcando passo, porque tenho muitas sugestões que poderia dar. Tenho contato esporádico com o gerente da minha área e me sinto cada vez mais tentado a apresentar as propostas diretamente a ele, por e-mail. Como eu poderia fazer isso sem me queimar e sem criar constrangimentos com o meu supervisor?"
Bom, você pode escolher os melhores adjetivos da língua portuguesa, pode escrever um poema em grego ou um épico em sânscrito, que a mensagem será a mesma. Você estará afirmando duas coisas: que o seu supervisor não está fazendo adequadamente o trabalho dele e que o gerente, que deveria estar vendo isso, não está.
Em todos os casos que vi até hoje, de um subordinado que atropelou a hierarquia e falou direto com o chefe do chefe, o resultado não foi bom.
Porém, se você realmente tiver sugestões que façam sentido, que sejam práticas e bem assentadas em dados e números, arrisque. Mas use o caminho correto. Mande esse e-mail para o seu supervisor. E através de um colega de sua confiança, faça com que a mensagem chegue ao conhecimento do gerente.
Isso eu já vi funcionar bem, e mais de uma vez. Se nada acontecer, pelo menos você ficará sabendo que as suas boas sugestões poderão ser melhor aproveitadas em outra empresa.
Max Gehringer, para CBN.
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