2015-11-24

Ser bonzinho é benção ou castigo? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 24/11/2015, com um funcionário bonzinho.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Ser bonzinho é bênção ou castigo?

funcionário bonzinho

Um ouvinte escreve: "Sou o tipo de profissional que você um dia descreveu como 'o bonzinho'. Sempre procurei ser agradável e paciente, nunca me envolvi em conflitos e preferi evitar discussões de qualquer natureza. O problema é que estou beirando os 45 anos e o que sempre me pareceu ser o comportamento mais correto, agora está começando a me deixar meio preocupado.

Como você mesmo falou, o bonzinho é muito estimado por todos, mas nunca sai do lugar. E eu não saí. Pelo lado pessoal, sinto-me muito bem. Pelo lado profissional, fico pensando no que poderia me acontecer se eu perdesse esse emprego que tenho há mais de 20 anos. Pergunto se ser bonzinho é destino, bênção ou castigo?"


Vamos lá. É mais uma questão de índole. Quem é avesso a confrontos na vida pessoal leva essa característica para a vida profissional.

Quem não se enquadra na definição de bonzinho tem que a impressão de que os bonzinhos são frustrados profissionalmente. Isso não é verdade. Primeiro porque o bonzinho aprecia o fato de todos gostarem dele. E segundo porque ele não é nem preguiçoso e nem incompetente, muito pelo contrário. Entre o alarido e o silêncio, ele prefere o meio termo, da colaboração sem reivindicação.

Por isso, ele é o tipo de funcionário que as empresas querem ter: prestativo, fiel, eficiente e que não cria atritos. O objetivo da carreira dele é começar como bonzinho júnior e terminar como bonzinho sênior.

Se a preocupação do nosso ouvinte é com o emprego, posso afirmar que o bonzinho será sempre o último a perdê-lo.

Max Gehringer, para CBN.


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