As mudanças nas empresas - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 06/03/2009, com 8 indicadores de que uma empresa só diz que quer mudar, mas no fundo, não gosta de mudanças.

(Onde eu trabalho aparentemente é assim!)

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui).

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(Ilustração do ótimo blog Frases Ilustradas.)

As mudanças nas empresas

Hoje vamos falar de mudanças. Existem dois tipos de empresas: aquelas que acreditam que é preciso mudar para sobreviver e as empresas que dizem acreditar em mudanças, mas são contra qualquer tipo de iniciativa para mudar. A diferença entre elas é sutil. Porque a empresa que não quer mudar, vive dizendo que quer mudar, enquanto a empresa que quer mudar não diz nada, só vai mudando.

Como identificar uma empresa que é contra mudanças? Aqui vão alguns indicadores:

O primeiro: elas criticam tudo o que os concorrentes fazem, e um ano depois, fazem a mesma coisa.

Segundo: elas aceitam, como verdade absoluta, frases do tipo isso já foi tentado antes e não deu certo.

Terceiro: elas relutam em investir no desenvolvimento dos funcionários com pouco tempo de casa.

Quarto: elas formam grupos de trabalho para discutir mudanças e esticam o funcionamento desses grupos, até que a mudança que está sendo discutida perca a finalidade.

Quinto: as tentativas de contato de funcionários com gerentes e diretores, sempre são barradas por algum intermediário.

Sexto: elas se referem a fatos ocorridos há anos como se tivessem acontecido ontem de manhã.

Sétimo: elas comentam com orgulho, todas as coisas que deixaram de fazer, porque se tivessem feito, teria dado errado.

Oitavo e mais importante: elas têm dificuldades para atrair novos talentos. E os poucos que entram, não ficam por muito tempo.

Empresas com medo de mudar têm dois grupos bem definidos de funcionários. O grupo do pessoal com bastante tempo de casa e o grupo do pessoal com menos de 2 anos de casa. E praticamente ninguém no meio.

Essa estatística significa que existe uma turma que já se acomodou e resolveu ficar. E uma outra turma que nem bem chega e já vai embora, porque não conseguiu enxergar, na empresa, alguma coisa parecida com futuro.

Max Gehringer, para CBN.