Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 11/03/2009, sobre a evolução das mulheres no mercado de trabalho.
Quase que essa transcrição não sai, são mais de uma da manhã e eu estou com sono. Mas pelo tema, mulheres, a gente faz uma forcinha.
Áudio original disponível no site da CBN (link aqui).
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A evolução das mulheres no mercado de trabalho
As mulheres ainda são minoria no mercado de trabalho. E ainda ganham aproximadamente 25% menos que os homens que desempenham funções semelhantes.
No caso de profissionais com curso superior, a diferença é ainda maior. Vale lembrar que esse não é um fenômeno brasileiro. Na Alemanha, na Inglaterra, a disparidade salarial também existe e também está por volta de 25%.
Essa situação, porém, muda de figura quando olhamos não para os números estáticos do presente, mas para a evolução registrada nas últimas 4 décadas.
No Brasil, em 1970, apenas 18% das mulheres estavam inseridas no mercado de trabalho. Atualmente esse número está próximo de 50% e já bateu em 55% na Grande São Paulo.
Outra mudança vital foi a transição feminina de ter um emprego para construir uma carreira. Até a década de 1970, a maioria das mulheres parava de trabalhar antes dos 35 anos para cuidar da casa e dos filhos. Atualmente, a maioria delas pretende conciliar as atividades domésticas e profissionais.
A raiz dessa mudança está na revolução social e cultural que ganhou força mundial, e principalmente no Ocidente, na década de 1960. As jovens daquela década, que lutaram pela igualdade de direitos com os homens, romperam com o passado de prendas domésticas e educaram suas filhas para pensar em uma carreira.
O resultado pode ser visto agora, em nossas universidades. Na média geral de todos os cursos, há mais mulheres matriculadas do que homens. Mas há um outro dado que ajuda a explicar a contínua ascensão profissional das mulheres. É algo que na vida profissional nós chamamos de foco, e no futebol, de atitude. Aquela vontade de entrar no jogo para ganhar.
A meu pedido, duas universidades paulistanas gentilmente fizeram um levantamento de faltas letivas no ano passado. Em média, os alunos homens faltaram a 17% das aulas. E as alunas mulheres, a 7%.
É apenas um dado, mas é um dado muito significativo porque essa atitude de seriedade, que começa cedo na escola, se entenderá, depois, à vida profissional.
Max Gehringer, para CBN.
2 comentários:
Eu.. faço parte dessa estatística? Na empresa onde eu trabalho, o número de mulheres no poder cresce a cada ano. E o número de mulheres contratadas em relação ao número de homens idem.
É uma realidade no serviço público, e, diz a lenda, isso se deve ao fato da mulher ser mais disciplinada em estudos do que os homens, logo, têm mais chances na hora de um concurso.
Em compensação, não vejo essa mesma coisa acontecendo em empresas privadas. No serviço público, chefe, seja homem ou mulher, vai ter o mesmíssimo salário. Infelizmente, no serviço privado, isso não acontece.
Maaaaaassssssssssssss... mas... aos pouquinhos, ou aos poucões, a gente chega lá.
E sem teste do sofá! ;)
Ah, eu queria virar chefe pra fazer teste do sofá... Hauhauhau.
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