2009-09-01

Bons resultados aceleram a carreira. Maus relacionamentos funcionam como freio - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 01/09/2009, sobre relacionamento com os colegas de empresa. E o comentário anterior que o Max se refere, sobre as diferenças entre escola e empresa, deve ser esse aqui: Por que a gente não aplica na empresa o que aprendeu na faculdade?

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Bons resultados aceleram a carreira. Maus relacionamentos funcionam como freio

freada
"Tenho 22 anos", escreve um ouvinte, "e estou em meu primeiro emprego faz cinco meses. Meu objetivo é construir uma carreira de sucesso, e por isso, comecei com todo o gás. Desde o primeiro dia, tenho sido sempre o primeiro a chegar e o último a sair. Mas meus colegas não gostaram dessa minha atitude. E me isolaram. Praticamente, ninguém mais conversa comigo. Devo procurar o meu gerente e expor o problema a ele?"

Deve, sem dúvida. Mas primeiro você precisa definir qual é o problema que você irá expor a seu gerente: o problema que você vê nos outros, ou o problema que os outros vêem em você.

Aparentemente, você está conseguindo nota dez no quesito energia e ambição, mas está beirando o zero no quesito relacionamento. Creio já ter explicado a diferença entre escola e empresa, mas permita-me explicar novamente. Numa escola, o relacionamento não tem importância: um aluno pode passar 4 anos sem conversar com os colegas e mesmo assim conseguir as melhores notas da classe. Em uma empresa, a situação é bem diferente. Os bons resultados aceleram a carreira, mas a falta de um bom relacionamento funciona como um freio.

É claro que existem profissionais que conseguem construir carreiras, mesmo sendo antipáticos. Mas eles são uma exceção, e não a regra. Esses profissionais, porém, tomaram a decisão de não se incomodar com o que os colegas achavam. Não se sentiram mal, nem quando foram excluídos pelos colegas. Na verdade, foram eles próprios que decidiram se excluir do grupo.

Se o nosso ouvinte deseja construir uma carreira de sucesso, apesar dos colegas, a decisão é dele. Mas a prática mostra que seria mais fácil ele conseguir isso com o apoio dos colegas. A minha sugestão para o nosso ouvinte, se ele estiver disposto a seguir o caminho menos espinhoso, é a seguinte: converse com o seu gerente, mas mude o discurso que você pretendia fazer. Pergunte a ele o que você poderia fazer para melhorar o relacinamento com os colegas.

A não ser, evidentemente, que seu gerente também seja partidário da tese de que boa convivência é perda de tempo. Nesse caso, nem é preciso falar com ele. Basta espelhar-se nele.

Max Gehringer, para CBN.

Um comentário:

CintiaYamane disse...

ixe, la no trabaio entrou um menino que é assim: chega cedo, nao tem problema pra ficar até mais tarde, não reclama quando mandam vir no sabado sozinho, mostra toda vontade... e puxa moh saco dos chefes - akele que te comentei que não vê problema em reclamar dos outros pro chefe pra dizer que só ele corre atrás das coisas...