2010-05-25

Notas e nome da instituição têm importância no processo seletivo? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 25/05/2010, sobre as notas escolares e o nome da instituição, no futuro da carreira profissional.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

Notas e nome da instituição têm importância no processo seletivo?

alunos
"Tenho 22 anos", escreve um ouvinte, "e estou cursando Administração em uma faculdade não muito conceituada. Ouço dizer que o diploma é apenas a porta de entrada para uma organização, e o que a gente realmente aprende é por meio da experiência no mundo profissional. Por isso gostaria que você respondesse a duas perguntas. As notas que eu tiro vão fazer alguma diferença no processo seletivo? E o nome da instituição terá algum peso, mesmo que mínimo?"

A resposta para a primeira pergunta é não. Eu só conheci três empresas até hoje, num universo de muitas centenas delas, que levavam em conta não apenas as notas do aluno, como também o número de faltas durante o curso. Mas isso não quer dizer que tirar nota alta ou nota baixa é a mesma coisa, ou que matar aula não vai influir numa futura contratação. O fato de que as empresas não fazem isso hoje, não é uma indicação de que não farão amanhã. Portanto, seja o melhor aluno que você puder ser, você só terá a ganhar com isso.

Quanto a segunda pergunta, a resposta é sim. Na procura do primeiro emprego, o nome da instituição influi, mas apenas no caso de grandes empresas. Elas recebem tantos currículos todos os dias, que são obrigadas a aplicar alguns filtros para excluir a maioria deles. E um desses filtros é o prestígio da escola.

Mas novamente, não se preocupe excessivamente com esse fato. As grandes empresas geram menos de 10% dos empregos, e as escolas mais afamadas formam menos de 5% de alunos. A enorme maioria dos formandos brasileiros não terá uma grife escolar no currículo, mas nem por isso deixará de conseguir um emprego decente.

Depois disso, o nosso ouvinte tem toda a razão. Os resultados, a experiência e a capacidade de se relacionar bem, em todos os níveis, é que serão os verdadeiros filtros da carreira profissional. Nesse processo, muitos jovens formados em escolas renomadas poderão ficar para trás, e muitos que se formaram em escolas pouco conceituadas conseguirão progredir rapidamente.

Em resumo, o nome da escola pode ajudar a entrar em uma grande empresa. Mas depois disso, o diploma sozinho não irá garantir nem a ascensão, nem sequer a permanência.

Max Gehringer, para CBN.

Um comentário:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Acredito que a gente deve seguir uma meta. Se a meta é ingressar numa grande empresa, não custa investir e se dedicar, a experiência é que vai te construir como profissional, mas, a teoria e o que você aprende na universidade é a base, é fundamental para sua construção.
Então, se a universidade não é a mais conceituada, tente ser o melhor que pode dentro dela!