2012-12-04

'Fui cobrada para interferir no namoro entre dois funcionários' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 04/12/2012, com uma ouvinte que é gerente de RH e está em dúvida quanto ao que fazer sobre um casal de funcionários que está namorando e exagerando nas demonstrações de afeto.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Fui cobrada para interferir no namoro entre dois funcionários'

namoro no trabalho

Escreve uma ouvinte: "Sou gerente de recursos humanos de uma empresa e preciso tomar uma decisão complicada. Um rapaz e uma moça, ambos bons funcionários e ambos solteiros, começaram a namorar e parecem ter perdido a noção do limite entre o emprego e o namoro. Quando começaram a trocar beijinhos, o chefe deles pediu a minha interferência, alegando que a empresa deveria ter uma política para todos os funcionários nessa questão de relacionamento íntimo. Estou em dúvida sobre o efeito que uma norma teria num caso assim. O que você poderia me dizer?"

Bom, eu acredito que uma norma seria bem-vinda. Mas para evitar uma situação diferente e muito pior, que ocorre quando um quer namorar e o outro não, e quem quer se torna cada vez mais insistente. Isso pode até levar a um processo por assédio sexual, com consequências desagradáveis para a empresa.

Tirando isso, eu já vi empresas que proibiram qualquer demonstração pública de afeto entre dois funcionários, por mínima que fosse. E também empresas que deixaram o romance correr solto. Nenhuma das duas situações funciona bem. Na primeira, porque não há como impedir uma química inerente à natureza humana. E na segunda, porque alguns colegas se sentem constrangidos em ter que presenciar a paixão escancarada.

O que eu vi funcionar foi uma determinação seguida por todos os chefes: a de chamar os dois apaixonados para uma conversa e dizer que eles são livres para fazer o que bem quiserem, mas não durante o expediente. Tanto porque eles são pagos para trabalhar e também para evitar que os colegas constrangidos morram de inveja.

Max Gehringer, para CBN.

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