Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Desabafos fazem um bem danado para o ego
"Gostaria muito que você me dissesse que fiz a coisa certa", um ouvinte escreve e explica: "Há cinco meses fui convidado a participar de um processo seletivo em uma grande empresa. Fiz testes teóricos, passei por três entrevistas pessoais e o gerente de recursos humanos me pediu para aguardar a decisão. Fiquei meses aguardando e nada aconteceu. Aí surgiu uma oportunidade em outra empresa e eu aceitei. O processo foi rápido e sem tempo de espera. Comecei a trabalhar e, para minha surpresa, aquela primeira empresa me ligou em casa, para comunicar que a vaga havia sido finalmente aprovada e que eu havia sido selecionado para ela. Eu nem pensei em uma resposta civilizada, critiquei o descaso da empresa, mandei a pessoa que me ligou lamber sabão e desliguei o telefone. Agora estou pensando se essa atitude foi correta. Espero que você me diga que sim."
Bom, avaliando apenas pelo lado profissional, certamente não foi e você sabe disso. Você fechou uma porta que poderia utilizar no futuro. Se você tivesse respondido que lamentava não poder aceitar, porque já havia assumido outro compromisso, é bem provável que em algum momento, você voltasse a ser contatado.
Agora, do ponto de vista moral, você fez o que todo mundo adoraria fazer. Mandar às favas alguém que fez você passar quatro meses esperando por uma resposta ou por uma simples comunicação de que o processo continuava em andamento.
Eu não recomendaria a ninguém fazer o que você fez. Mas lhe dou os parabéns por ter feito. Desabafos como o seu podem ser considerados como um sinal de imaturidade. Mas não há dúvidas de que eles fazem um bem danado para o ego.
Max Gehringer, para CBN.
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