2013-02-27

'Fui promovido e encostado' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 27/02/2013, com um ouvinte que foi promovido, mas deixado de lado.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Fui promovido e encostado'

encostado

"Fui promovido e encostado", um ouvinte escreve e relata: "Tenho 9 anos de empresa e nos últimos 4 anos fui o coordenador de uma equipe operacional composta por oito pessoas. Eu estava contente e tudo ia bem até que houve uma mudança na direção da minha área. Algumas funções foram extintas, funcionários foram remanejados, alguns cargos novos foram criados e para preenchê-los foram contratados profissionais do mercado. Nessa salada ganhei um cargo de coordenador, recebi um pequeno aumento, mas fiquei sem equipe. Agora trabalho sozinho em uma sala, revisando manuais e fazendo somente serviços burocráticos. Por falta do que fazer, eu passo o dia pensando: por que a empresa não me mandou embora, já que não vejo qualquer importância no trabalho que me foi dado?"

Bom, de fato, essa é uma situação desagradável. Quem trabalha sozinho e com muito tempo ocioso tende a soltar a imaginação. E raramente pensa em coisas positivas. Na prática existem dois motivos para você ter sido promovido e momentaneamente encostado. O primeiro é que talvez você tenha algum tipo de conhecimento específico que a sua empresa não quer perder. E o segundo é que talvez as mudanças ainda não tenham sido completadas e você está sendo mantido no vácuo enquanto se decide para onde você irá.

E por que ninguém lhe explicou isso? Porque o seu aproveitamento na nova estrutura ainda não está assegurado. A solução provisória foi lhe dar um cargo teórico e mais dinheiro para você aguardar o final da transição sem entrar em pânico. Portanto, aguarde mais um par de meses e evite formular teorias conspiratórias. Se o objetivo da nova direção fosse o de dispensar você, isso já teria acontecido.

Max Gehringer, para CBN.

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