Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Esforço é sempre maior do que a recompensa para quem está começando
Uma consulta interessante de um ouvinte. Ele escreve: "Estou participando de um processo seletivo em uma empresa. Fiz duas entrevistas até agora. A primeira, com uma pessoa de recursos humanos. E a segunda, com o responsável pela área em que eu atuaria. Estou impressionado porque ambos disseram que o trabalho é duro, a empresa não oferece muitas oportunidades e horas extras são rotina. Mas além disso, eles deixaram bem claro que a empresa não gosta de revolucionários e que ninguém vai ficar rico trabalhando nela. A minha pergunta é: eles estariam dizendo isso para testar as minhas reações ou será verdade mesmo?"
Bom, as duas coisas. Pode até ser que essas duas pessoas que entrevistaram você tenham carregado um pouco nas tintas, mas o que elas pintaram é uma situação comum no mercado de trabalho. Para quem está nos estágios iniciais da carreira, o esforço é sempre maior do que a recompensa.
O que eu vejo de diferente nessa empresa é que ela já está neutralizando, antes da contratação, a maioria das queixas feitas por jovens com curso superior e alto grau de ambição, que ouvem uma coisa na entrevista e depois encontram outra quando começam a trabalhar. Então, das duas, uma. Ou essa empresa é muito moderna ou é muito arcaica. Mas, sem dúvida, ela é muito sincera.
Aí depende de você. Se o que você ouviu o deixou assustado, desista do processo. Se você decidir continuar e for contratado, terá uma experiência curta que será muito útil para o resto da sua carreira. Porque, depois de carregar pedras por um tempo, qualquer trabalho lhe parecerá mais fácil e mais compensador.
Max Gehringer, para CBN.
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