Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 09/07/2013, com um ouvinte que se sente desvalorizado pela empresa após ela mudar o local de trabalho dele.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Empresas grandes sempre dão um brilho duradouro ao currículo
Uma ouvinte escreve: "Comecei nesta empresa como estagiária e fui efetivada faz dois meses. É uma empresa de grande porte e nada tenho a reclamar dela, muito pelo contrário. Porém, através de um amigo, recebi uma proposta de uma empresa de porte menor, para ganhar 20% mais do que ganho aqui. Falei com meu gerente e ele me disse que no momento não poderia propor um aumento para mim. Estou inclinada a mudar, mas apreciaria ouvir a sua opinião antes de me decidir."
Bom, obrigado pela confiança. Eu sou de opinião que você não deve mudar. Ainda. Por três motivos:
O primeiro é que uma empresa grande sempre dá um brilho duradouro a um currículo. Mas esse efeito logo desaparece se a pessoa passar pouco tempo nela.
O segundo motivo é a quantidade de oportunidades que uma empresa grande pode oferecer comparativamente a uma de menor porte, em que as principais vagas de gestão já estão tomadas e poucas vagas novas surgem em médio prazo.
E o terceiro motivo é que empresas de grande porte não costumam mostrar muita generosidade nos salários iniciais dos níveis hierárquicos mais baixos. Como essas são empresas em que a maioria dos jovens gostaria de trabalhar, o número de candidatos é sempre bem maior que o número de vagas.
Por isso, de certa forma, a empresa "cobra" pela exposição que irá proporcionar ao contratado, ao contrários das empresas menores, que precisam compensar a menor visibilidade com um salário mais atrativo. Mas a coisa muda depois dos primeiros saltos. As empresas grandes oferecem melhor pacote de remuneração.
Por isso, eu sugiro a nossa ouvinte que fique, até descobrir o que poderá esperar da empresa em termos de carreira. Daqui a um ano, muito provavelmente, os 20% não parecerão tão irrecusáveis como parecem hoje.
Max Gehringer, para CBN.
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