Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 19/07/2013, com um ouvinte que foi demitido depois de receber uma proposta de uma empresa concorrente e não aceitá-la para ficar na empresa, que cobriu a proposta.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Fui demitido após falar que recebi uma proposta da concorrente'
Um ouvinte escreve: "Aconteceu algo comigo que venho tentando entender, mas não consigo. Há quatro meses recebi uma proposta para trabalhar em uma empresa concorrente. Deixei claro para o meu gestor que ficaria, se a empresa pelo menos igualasse a proposta que recebi. E ele conseguiu o aumento para que eu ficasse. Dois meses depois, fui demitido.
Meu gestor me explicou que o fato de eu ter conversado com a concorrência não tinha pegado bem com a direção. E eu perguntei a ele por que a empresa simplesmente não me deixou ir embora quando eu tinha a proposta em mãos? Ele disse que infelizmente a decisão havia sido tomada em uma instância superior e que lamentava muito ter que me demitir. Então, eu pergunto: o que eu fiz de tão errado?"
Resposta: nada. Você colocou uma proposta concreta na mesa e informou que ficaria se ela fosse coberta. Não há nada de anti-ético nisso. Na verdade, essa talvez seja a maneira mais eficaz de conseguir um aumento: mostrar que há outra empresa disposta a pagar mais por seu trabalho.
Só que a direção da sua empresa se sentiu incomodada. Primeiro, porque você ousou ir conversar com um concorrente direto. E segundo, porque colocou a empresa contra a parede. Isso tanto pode ser traduzido como traição e pressão, quanto como uma negociação normal e objetiva. E a sua empresa preferiu a primeira opção, sendo que a dita instância superior precisou de dois meses para chegar a essa conclusão.
Se algum dia uma situação assim se repetir, eu sugiro que você faça tudo igual. Mas já sabendo que mesmo fazendo tudo certo, não existe a garantia absoluta de que algo não possa dar errado.
Max Gehringer, para CBN.
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