Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 12/02/2014, com um ouvinte que recebeu uma proposta de uma empresa que está se estabelecendo no Brasil para receber bem, mas sempre correndo o risco de não ser mais necessário depois do período inicial.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Devo aceitar boa proposta feita por empresa que está começando a se estabelecer no país?'
Um ouvinte escreve: "Através do LinkedIn, recebi uma proposta para mudar de empresa. Fiquei até surpreso, porque entrei na rede LinkedIn faz oito meses e este foi o primeiro contato que recebi. De qualquer forma, fui à entrevista e a proposta é realmente boa. A mesma função que tenho, gerente comercial, mas com um salário substancialmente maior.
Minha dúvida é a seguinte. A empresa em que trabalho está instalada no Brasil há mais de 40 anos. A que me convidou é asiática. Procurei referências sobre ela na internet e descobri que ela está começando agora a se expandir para outros países, incluindo o Brasil. Eu trabalho há 12 anos na empresa atual e me sinto muito bem nela. Ainda não dei a minha resposta final à nova empresa. E pergunto se eu estaria sendo cauteloso demais?"
Não, não está. Quando uma empresa se instala no Brasil e não faz parte de um grupo renomado mundialmente, como é o caso da que está lhe convidando, a única maneira de que ela dispõe para atrair bons executivos é pagando salários no mínimo 30% acima da média do mercado.
No seu caso, os contatos comerciais que você trará e as portas que poderá abrir, serão muito valiosos num primeiro momento e compensarão o salário extra que lhe foi oferecido. A dúvida é se depois que a empresa se consolidar, serão mantidos os que foram contratados no início. Ou se eles serão substituídos por profissionais mais em conta.
Se o salário oferecido for mesmo irresistível, eu lhe sugiro só aceitar com um contrato que lhe garanta uma estabilidade mínima de três anos. Menos que isso você estaria apostando no que vê, sem saber a dimensão do que não está vendo.
Max Gehringer, para CBN.
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