Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 18/02/2014, com um ouvinte cujo chefe é amigo de longa data e que recebeu uma proposta para participar de um processo seletivo e agora não sabe se conta ou não para o chefe/amigo.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Fui convidado para participar de processo seletivo, mas não sei se devo contar para o chefe/amigo'
Um ouvinte escreve: "Meu chefe direto é meu amigo de longa data e foi ele quem me indicou para esta vaga que ocupo. A questão é a seguinte: recebi um convite para participar de um processo de seleção em outra empresa. A vaga é muito atrativa e quase dobraria o meu salário atual caso eu fosse o escolhido. Minha dúvida é se devo falar com meu chefe/amigo sobre isso, ou se aguardo até o processo avançar um pouco mais. Não quero misturar profissionalismo com amizade, mas não estou enxergando claramente a linha que separa as duas coisas."
Bom, vamos começar pelo princípio. O chefe do nosso ouvinte o indicou para a vaga atual porque o ouvinte era competente ou porque era amigo? Digamos que foram as duas coisas. Um amigo competente.
Agora, na relação entre ambos no trabalho, o chefe amigo trata o subordinado amigo como amigo ou como subordinado? A diferença é que amigos perdoam deslizes de amigos, mas chefes precisam ser mais severos com os seus subordinados.
Se o chefe está se comportando mais como amigo do que como chefe, relevando algumas pisadas na bola do amigo, que ele não releva nos demais subordinados, então esse é um amigo de verdade. Não exatamente um bom chefe, mas um ótimo amigo. Se for este o caso, o ouvinte deve falar já, que está participando do processo, ou a amizade irá para o vinagre.
Porém, se o chefe se comporta como chefe, isso significa que ele entende a diferença entre amizade e profissionalismo. Portanto, o nosso ouvinte deve se comportar da mesma forma. Isto é, fazendo o que faria se o chefe não fosse amigo de longa data.
Max Gehringer, para CBN.
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