Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 03/02/2014, com um ouvinte gerente que está sendo forçado pela diretoria a cobrar seus subordinados que contraíram dívidas numa lanchonete e não conseguem pagar.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
/===================================================================================
Dívidas assumidas fora da empresa não devem ser cobradas pela chefia
Um ouvinte escreve: "Sou chefe de um setor com 22 funcionários. Uma lanchonete vizinha propôs à nossa direção um acordo para a compra de lanches e refeições. Os funcionários teriam um desconto no preço e saldariam a conta no fim do mês quando recebessem o pagamento.
Passados três meses, o dono da lanchonete apresentou à nossa diretoria uma lista de funcionários que já estavam com 30 dias de atraso no pagamento. Infelizmente, quase toda essa lista é composta por subordinados meus. E a diretoria me disse que a responsabilidade pela cobrança teria que ser minha. Sinto-me constrangido em fazer isso, porque não negociei esse acordo e também porque não me parece que cobrar dívidas assumidas fora da empresa, por meus subordinados, seja responsabilidade minha. Você vê alguma maneira de eu escapar dessa situação?"
Bom, para começar o acordo foi muito mal negociado. Poderia ter sido considerado, por exemplo, um desconto automático em folha ou qualquer outro critério que evitasse o calote. Que certamente não ocorreu por má fé de seus subordinados, mas por alguma despesa extra que os impediu de saldar a dívida.
Você tem razão. O problema não é seu. Mas os subordinados são. E cabe ao chefe ser o primeiro a conversar com eles.
O que posso lhe recomendar é que você fale com os inadimplentes, enfatizando que você não gostaria de estar fazendo esse papel. Aí, ouça os motivos de cada um, sem manifestar sua opinião e repasse à diretoria os casos insolúveis por falta de condições financeiras, para que a diretoria possa decidir como solucionar um problema que ela mesma criou.
Max Gehringer, para CBN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário