2014-02-13

'Devo avisar o entrevistador que estou pagando uma viagem para daqui a três meses?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 13/02/2014, com um ouvinte está pagando por um pacote turístico para daqui há três meses e quer saber se deve falar isso nas entrevistas de emprego.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Devo avisar o entrevistador que estou pagando uma viagem para daqui a três meses?'

férias

Um ouvinte escreve: "Deixei o meu último emprego faz um mês e pouco, devido ao fato de que a sucursal da empresa em minha cidade foi fechada. Não creio que terei problemas para conseguir um novo emprego e já estou participando de dois processos. Minha dúvida é a seguinte. Eu já havia marcado minhas férias para daqui há três meses e venho pagando um pacote turístico em prestações. Faltam somente duas parcelas. Devo expôr esse fato durante os processos seletivos ou comunicá-los somente após ser contratado?"

Vamos lá. Pode ser que, para muita gente, a resposta seja óbvia. Mas, como não foi para o nosso ouvinte, talvez não seja igualmente para outros.

Quem determina o período de férias não é o empregado, é a empresa. Isso é o que está na lei trabalhista, embora em muitos casos possa haver um acordo, como deve ter ocorrido com o nosso ouvinte em sua empresa anterior.

Porém, o fato de que o nosso ouvinte já pagou pelas férias não é motivo suficiente para que a nova empresa concorde em conceder férias, sem que o nosso ouvinte tenha, ainda, adquirido o primeiro período aquisitivo. Por isso, ele deve sim, negociar previamente com a empresa que for contratá-lo. Se deixar para falar depois de ser admitido, a empresa poderá, amparada pela lei, negar-se a conceder as férias. E aí o nosso ouvinte poderia perder o que pagou por elas.

Eu concordo que o empregado deveria ter o direito de escolher o período em que sairá de férias. Mas, enquanto a lei não permitir que isso seja feito, e não creio que venha a permitir tão cedo, o que vale é o que está escrito.

Max Gehringer, para CBN.


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