2014-08-18

'Estou com dificuldades para preencher vagas que requerem recém-formados para trabalhos administrativos' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 18/08/2014, sobre como os jovens de hoje são diferentes do padrão que as empresas mais tradicionais esperam contratar.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Estou com dificuldades para preencher vagas que requerem recém-formados para trabalhos administrativos'

jovens mercado de trabalho

"Sou selecionador de pessoal em uma empresa de grande porte", escreve um ouvinte. "Venho encontrando dificuldades para preencher vagas que requerem jovens recém-formados para trabalhos administrativos. Não vejo, na maioria dos candidatos, coisas elementares como determinação, interesse, disposição e outros fatores que até bem pouco tempo, eram parte do enxoval de qualquer pretendente a um emprego.

O resultado é que antes eu precisava avaliar não mais que cinco candidatos para achar um que fosse bom. E agora essa proporção está beirando vinte por um. Mesmo assim, metade dos que são admitidos deixam o emprego antes de completar um ano.

Antes eu me deparava com candidatos interessados em saber o que poderiam fazer pela empresa. E agora, a maioria já pergunta na entrevista, o que a empresa vai fazer por eles. Desculpe o desabafo, mas essa situação está cada vez mais preocupante."


Bom, de fato, esta geração é bem diferente de todas as anteriores. Ela nasceu e cresceu cercada por tecnologia, por redes sociais, por interação, pela disponibilidade fácil de informações e pela rapidez. E por isso espera encontrar a continuidade de tudo isso no trabalho.

Como você ponderou, a proporção saltou de um em cinco para um em vinte. E eu me arriscaria a dizer que, daqui a cinco anos, será de um em cem. O que os números estão mostrando é que as empresas precisam tentar entender e se adaptar a esse novo perfil de jovens, em vez de simplesmente continuar insistindo em contratar hoje o funcionário padrão de ontem.

Max Gehringer, para CBN.


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