Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 05/08/2014, sobre como o networking é um ponto de partida para conseguir um emprego e não uma linha de chegada, com o causo de um ouvinte que foi contratado através da indicação de um diretor, mas que tem sofrido por os colegas de trabalho não terem lhe aceitado bem.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Fui contratado por meio de networking e sinto que não fui bem aceito pelos colegas'
Um ouvinte escreve: "Eu tenho uma coisa que você sempre comenta, que é um bom networking. Entrei em uma empresa por indicação direta do diretor, que é amigo do meu pai, sem precisar passar por testes ou entrevistas, e com um salário igual aos dos empregados mais antigos. Acontece que não fui bem aceito pelos colegas. Ouço insinuações de que sou protegido e sinto que alguns até evitam conversar comigo por desconfiarem que fui colocado no setor para vigiá-los, o que não é verdade. O resultado é que fico meio perdido porque ninguém me ajuda e ninguém aceita a minha ajuda quando eu a ofereço. Tento ignorar tudo isso, mas está difícil. O que você me recomenda?"
Bom, vamos lá. Você conquistou o emprego através do networking, o que não é nada condenável. Mas, para se manter empregado, precisará demonstrar uma listinha de habilidades pessoais, como bom humor, camaradagem, simpatia e principalmente humildade.
Eu me arriscaria a dizer que, já em seus primeiros dias de trabalho, você pode, mesmo sem querer, ter passado a impressão de que é amigo do rei e que isso já deveria ser suficiente para que todos os respeitassem. Lamento dizer-lhe que isso não irá acontecer. A não ser que você mostre que trabalha tanto quanto os que mais trabalham, produza o mesmo que os mais produtivos, e aí será respeitado por suas qualidades, e não pelo poder de quem o indicou.
Em resumo, o networking é uma grande ferramenta para se conseguir um emprego. Mas deve ser sempre visto como um ponto de partida, e não como uma linha de chegada.
Max Gehringer, para CBN.
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