2016-01-14

'Faço administração, mas gosto mesmo é de psicologia' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 14/01/2016, com uma ouvinte que cursa administração, mas pensa em mudar para psicologia, e os impactos que essa mudança poderá ter no futuro dela no mercado de trabalho.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Faço administração, mas gosto mesmo é de psicologia'

pensando

Uma ouvinte escreve: "Comecei a estudar administração, mas decidi que gosto mesmo é de psicologia. Devo mudar? Como está o mercado?"

Vamos lá. Há 7 anos, uma pesquisa de empregos do IBGE listava os cursos que proporcionavam chances superiores a 90% de conseguir emprego na mesma área de formação. Esses cursos eram medicina, administração, agronomia, ciências contáveis e as engenharias mecânica, civil e de computação.

Na mesma pesquisa constavam os setores em que as chances de trabalhar na área de formação eram mais baixas. Dentre esses setores estavam filosofia, ciências sociais e psicologia.

Para esse grupo, usamos normalmente a palavra "saturação", mas ela é um pouco exagerada. A saturação se dá quando não cabe mais ninguém. E no caso dos cursos citados, ainda há chances entre 30% e 60% de se empregar na área.

Isso quer dizer que, ao escolher um curso dito saturado, você terá mais concorrentes e precisará se diferenciar deles. E isso é conseguido com um excelente desempenho acadêmico, com a montagem, enquanto você ainda estiver estudando, de um círculo de relacionamento com professores e profissionais da área, e com estágios já a partir dos dois primeiros anos.

Escolher o curso pelo gosto é positivo. Mas quem fez isso há 7 anos e deixou para sondar o mercado de trabalho somente após se formar, atualmente encontra mais dificuldades para se empregar na área de formação.

Você está cogitando trocar um curso mais empregável por um um menos empregável. Portanto, desde o primeiro dia de aula, precisará manter um olho na matéria e outro olho no mercado.

Max Gehringer, para CBN.


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