Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 29/01/2016, com um ouvinte que foi contratado como gerente e descobriu que um de seus subordinados ganha mais do que ele.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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'Um de meus subordinados ganha mais do que eu'
Um ouvinte escreve: "Fui admitido como gerente em uma empresa de porte médio e descobri que um dos meus subordinados, encarregado de um setor, ganha mais do que eu. Ele tem 19 anos de empresa e poderia facilmente ser substituído por um profissional com a metade do salário dele. A questão é que ele é muito querido internamente, pelo bom temperamento e fácil relacionamento. O que você me sugere fazer?"
Nada. Ele ganha mais do que você porque tem 19 anos de empresa. Durante esse tempo, ele foi tendo reajustes normais de dissídio, enquanto as faixas salariais do mercado não cresciam na mesma proporção, pelo contrário, os salários se achataram.
Para você entender melhor, vamos pensar na situação inversa. Se você tivesse sido admitido como gerente há 19 anos, muito provavelmente ganharia mais hoje do que um diretor que acabasse de ser contratado para ser o seu chefe direto. Se esse diretor decidisse demitir você por causa dessa disparidade, você não se sentiria injustiçado por ter sido um empregado muito bom durante quase duas décadas, e agora ter que ficar sem emprego só porque as estatísticas salariais não acompanharam os dissídios?
Dito tudo isso, muitas empresas estão, de fato, tomando essa medida extrema de cortar bons empregados antigos de casa porque o salário deles ficou alto. Isso resulta em alguma economia para a empresa, mas ao mesmo tempo destrói o bom ambiente de trabalho. O recado passado a todos é este: não fique aqui por muito tempo, senão um dia você será sacrificado em nome do balanço.
Talvez você até venha a ser obrigado por seu superior a tomar essa decisão de demitir o encarregado. Mas, por favor, não tome você mesmo a iniciativa de propor essa maldade profissional.
Max Gehringer, para CBN.
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