Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 19/01/2016, sobre gêneros e promoções, especialmente quando há apenas uma pessoa de um gênero no departamento com muitas outras pessoas de outro gênero.
Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Promoção não está relacionada com o gênero
Duas mensagens bem parecidas em conteúdo. A primeira vem de uma ouvinte: "Sou a única mulher na área de tecnologia da minha empresa. Os outros 17 funcionários são homens. Essa desproporção funciona a meu favor ou contra mim no momento de uma promoção?"
E a segunda mensagem vem de um ouvinte: "Trabalho na área de recursos humanos e sou o único funcionário do sexo masculino num grupo de 11 pessoas. Como essa situação poderá influir na eventualidade de uma promoção?"
Bom, a resposta mais politicamente correta para ambas as situações é a de que uma promoção deveria premiar a quem demonstrar mais aptidão e competência para o cargo, sem distinção de sexo.
Pode ser que nem todas as empresas pensem assim, mas a sugestão que posso dar a nossos dois preocupados ouvintes é esta: se uma promoção, quando ela vier, recair sobre um membro da maioria, um homem no primeiro caso e uma mulher no segundo, não atribuam essa escolha somente ao fator gênero.
A discriminação certamente seria a auto-explicação mais simples e mais conveniente, mas ela evitaria que outros fatores deixassem de ser levados em conta.
Por isso, convencer-se de que tudo se deveu somente ao sexo irá evitar que o não-promovido desta vez acabe não sendo promovido também na próxima vez, por não ter captado e desenvolvido melhor todas as habilidades requeridas.
A não ser, evidentemente, que a empresa afirme que a decisão é baseada no gênero da maioria, o que eu duvido muito.
Max Gehringer, para CBN.
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