Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.
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Como devo encarar um curso tecnológico?
Vou hoje responder a várias consultas sobre a eficácia dos cursos tecnológicos. Há três maneiras de encará-los.
A primeira é a dos profissionais com idade acima de 35 anos que ainda não têm um curso superior. Ou até têm, mas não na área em que atuam na prática. Nesses dois casos, o curso tecnológico é eficaz, porque permite que o profissional se atualize naquilo que ele já vem fazendo.
A segunda maneira de encarar os cursos tecnológicos é a do jovem que está buscando uma formação técnica. Essa foi a razão da criação desses cursos: a de capacitar, em dois ou três anos, técnicos para áreas bem específicas, como logística, informática ou mecatrônica.
A terceira maneira é a que vem frustrando muitos formandos, principalmente aqueles que completam cursos que começam com a palavra "gestão".
Na linguagem das empresas, um gestor é um profissional que ocupa um cargo de liderança. Por isso, um curso como, por exemplo, gestão empresarial, em minha opinião, contraria a própria essência dos cursos tecnológicos. Na vida prática, ao procurar o primeiro emprego, o jovem vai ter dificuldade para explicar ao entrevistador em qual vaga alguém formando em gestão empresarial poderia se encaixar.
Muitos tecnólogos me escrevem reclamando de uma certa discriminação das empresas em relação aos cursos tecnológicos. Só que boa parte dos que me escrevem, concluiu cursos cujos nomes não coincidem com qualquer função existente nos organogramas das empresas.
Então, em resumo, cursos tecnológicos são eficazes. Mas há dois cuidados a tomar na hora de escolher o curso. Não se deixar levar por um nome atrativo e ter em mente que o objetivo do curso tecnológico é o de formar técnicos e não gestores.
Max Gehringer, para CBN.
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